A Comissão responsável pela elaboração do Calendário Escolar de reposição das aulas não realizadas no período da greve fechou nesta sexta-feira, 4, o novo calendário para as escolas estaduais. A sugestão é aumentar mais uma aula de 48 minutos todos os dias e, com isso, encerrar o ano letivo de 2015, no dia 25 de janeiro de 2016.
A reunião para apresentação do calendário foi realizada na manhã desta sexta-feira, na sala de reuniões da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), com a presença do secretário Adão Francisco de Oliveira; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), José Roque; do presidente do Conselho Estadual de Educação, Maurício Reis, além de representantes da Seduc, do Sintet e do Conselho.
O calendário foi elaborado considerando 41 dias letivos que não tiveram aula, consequência da greve dos professores da rede estadual de ensino e de dois dias de paralisação nacional. A educadora Joana D’Arc Alves Santos, secretária executiva do Conselho de Educação explicou que a elaboração do calendário foi uma construção coletiva. “O calendário proposto atende à legalidade, sem comprometer a folga dos professores antes de começar o ano letivo seguinte”, frisou Joana.
Com a inserção de mais uma aula, as escolas começarão a funcionar no período da manhã, às 7 horas e o turno encerrará às 11h51. Para inserir mais uma aula, foi necessário reduzir o horário de intervalo, que antes era de 15 minutos passou para 10 e iniciar as aulas mais cedo.
O secretário Adão Francisco pediu apoio aos alunos, aos pais e aos professores nesse momento específico. “Vamos garantir que as aulas sejam ministradas, peço a compreensão de todos com esse esforço e a se dedicarem para que fechem o ano letivo minimizando os impactos”, ressaltou Adão.
Maurício Reis frisou que este é o melhor calendário tendo em vista as peculiaridades de cada Diretoria Regional de Educação. Já, José Roque ressaltou a importância dos diretores de escolas sentarem com sua equipe de professores e coordenadores pedagógicos para discutir a melhor forma de reposição das aulas.
A proposta de calendário será enviada para as Diretorias Regionais de Ensino e estas devem repassar às escolas. Como nem todas as escolas aderiram à greve integralmente, algumas delas participaram da greve apenas 10 dias, outras 20 dias, fica a critério da escola definir como melhor repor as aulas.
A comissão definiu a reposição das aulas durante a semana, para que os professores não trabalhem no sábado e também considerando que em algumas escolas a maioria dos alunos é da zona rural e haveria dificuldade de transportá-los.
De acordo com Ronan Alves Martins, gerente de Certificação, Normalização e Inspeção Escolar da Seduc, o novo calendário acompanha as orientações de como registrar as aulas. “Cada Diretoria de Ensino e nós vamos acompanhar o andamento do semestre letivo, orientando os educadores principalmente nos casos específicos”, garantiu Ronan.