Princípio de motim deixou familiares apreensivos.
Foto: AN

Um princípio de motim na Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA) levou familiares e parentes de presos a se reunirem em frente à unidade penal. A mobilização ocorreu na manhã desta segunda-feira, 17, após presos ameaçarem fazer uma rebelião no local.

Por volta de meio-dia foram ouvidos tiros de balas de borracha disparados dentro da CPPA. No momento, alguns familiares de preso, que estavam no lado de fora, demonstraram preocupação e se aproximaram da entrada da unidade.

À imprensa, familiares dos presos relaram apreensão e também aproveitaram a oportunidade para apresentar demandas. “Eles estão gritando por socorro. (...) As visitas são de 15 em 15 dias e agora está com mais de 20 dias.” Reclamou a mãe de um dos presos.

Ela frisou ainda que a administração da unidade justifica que as visitas estão suspensas em razão da falta de efetivo feminino para revistar as mulheres. “Queremos que volte as visitas. O horário que era, das 9h00 às 4h00 da tarde.”

De acordo com familiares, um preso teria ligado para a esposa e relatado que se o problema não fosse resolvido haveria uma rebelião.  Relataram ainda que as visitas estavam suspensas em razão da greve dos policiais penais, deflagrada recentemente.

A chamada Operação Legalidade reivindica a aprovação de estatuto próprio da Polícia Penal do Tocantins.  Requisita ainda a regulamentação de auxílios de natureza indenizatória e além de reajustes.

 No sábado, a Tribunal de Justiça, em atendimento ao Governo, concedeu liminar determinando a manutenção do trabalho dos policiais penais nas unidades prisionais.

O outro lado

 
Em nota, a  Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio da Superintendência de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, confirmou um princípio de “motim” na Unidade prisional de Araguaína, mas já foi controlado.
 
A Pasta explicou que em função da diminuição de atendimento a visitas, resultado da "Operação Legalidade", podem-se gerar insatisfações por parte de visitantes e custodiados.
A nota destacou ainda que o Tribunal de Justiça do Tocantins emitiu na manhã deste sábado, 15, Decisão Judicial de Ação Declaratória de Abusividade de Greve com pedido liminar de tutela de urgência em face da Associação dos Profissionais do Sistema Penitenciário do Tocantins (PROSISPEN). 
 
“Na decisão, diante o elevado grau de essencialidade dos serviços, foi determinada a manutenção de 100% de todas as atividades realizadas nas unidades prisionais no período anterior à deflagração da “Operação Legalidade”, sob pena de multa ao SINDPPEN e a seus dirigentes.”