O preço atrativo de anúncios duvidosos pode esconder armadilhas ao consumidor que faz compras pela internet. O alerta é da Polícia Federal, que na manhã desta terça-feira (24) deflagrou a operação "Dr. Cross" e prendeu 13 suspeitos de aplicar golpe em usuários que fazem compras em lojas virtuais .
De acordo com a PF, do total de presos, 8 foram detidos em Araguaína, 1 em Palmas, 2 em Augustinópolis, 1 em Sítio Novo e 1 em Praia Norte, região do Bico do Papagaio. Também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão.
EsquemaConforme o delegado da PF de Araguaína, Alan Reis, os investigados atuavam individualmente, criavam sites falsos de lojas virtuais conhecidas e direcionavam os pagamentos para outros sites. Os produtos eram enviados para os endereços dos criminosos.
"Eles criam uma loja falsa muito parecida com a loja verdadeira. A vítima acessa essas lojas, acreditam que estão realizando compra de mercadorias, mas estão caindo em um golpe. As vítimas estariam compensando boletos gerados pelos criminosos. As mercadorias que elas acreditam estar comprando são direcionadas a esses criminosos" explicou Alan.
CuidadosO ocorrido reforça a necessidade de os consumidores tomarem cuidado ao comprar em lojas virtuais. O delegado explicou que o internauta deve ficar atento a:
-- anúncios cujo valor esteja muito abaixo do que é praticado no mercado.
-- links que podem direcionar a uma página falsa. A dica é ficar bem atento ao domínio do site, que deve aparecer "www" o nome da loja e o domínio ".com.br"
"Quando se tem a pretensão de fazer a compra de algum objeto pela internet, que acesse a página da loja oficial" orienta Alan.
Outros crimesAlém dessa prática criminosa, a investigação da PF aponta possível fraude de acesso ao site do IBAMA e ainda recebimento do FGTS, com dados das vítimas do golpe, dentre outras fraudes.
A PF ainda não tem estimativa do prejuízo, nem de quantas pessoas foram vítimas do grupo. Os investigados atuavam no Tocantins, mas há vítimas de diversos estados. Alguns são estudantes e outros desenvolvem algum trabalho, mas a principal atividade era a criminosa. Chamou a atenção o patrimônio de alguns dos presos, que tinham carros, casas e até jet-ski.
Os presos vão responder por estelionato, furto qualificado e invasão de dispositivos móveis. Eles foram recolhidos na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, onde ficarão à disposição da Justiça. As investigações continuam.
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