Em entrevista ao AN, o delegado de Xambioá Wilson Júnior falou sobre o trabalho de buscas a dois homens desaparecidos desde o último sábado (26). O titular descartou a possibilidade de que os desaparecidos estariam numa fazenda protegida por homens armados e criticou os protestos na cidade.
Populares já realizaram duas manifestações, ocorridas na tarde de terça e quarta-feira, para cobrar mais empenhos das autoridades nas buscas. Também pediam averiguação numa fazenda próximo a Xambioá, que pertenceria Rossine Aires Guimarães.
BoatoWilson relatou ao AN que as polícias Militar e Civil realizaram buscas na referida propriedade, mas não encontraram nada. Ele também descartou a possibilidade de os desaparecidos estarem por lá. "Não existe esses indícios. (...) O menos plausível. (...) Boatos divulgados por agitadores." Frisou a autoridade policial.
O delegado explicou que tal versão é um boato, surgido a partir de uma suposta visão de um pastor. Segundo difundido na cidade, um religioso do estado do Maranhão teria sonhado que os dois desaparecidos estavam amarrados dentro da fazenda.
InteressesPara o delegado Wilson, tudo foi inventado por "aproveitadores" ligados aos Sem Terra, que usam a dor da família para alcançar interesses escusos. "Surgiu por meio de boatos e do meio de pessoas interessados de invadir a fazenda. (...) A família acabou sendo usada," disse ao AN.
Sobre a interdição da BR 153 durante os protestos, o delegado Wilson alfinetou "fizeram todo esse escarcéu. E acrescentou que trata-se de "Modos Operandi de invasores de Terra. (...) Não se justifica esse ato de prejudicar toda a população para invadir uma propriedade rural".
Ainda segundo o delegado, o objetivo do grupo seria aproveitar a imagem negativa da fazenda, tendo em vista o proprietário Rossine ser investigado pela PF, para invadir.
Buscas e desaparecimentoEm relação às buscas, Wilson defendeu que o trabalho está sendo bem feito e que as diligências continuam no sentido de encontrar os desaparecidos. Ele ressaltou ainda que a referida fazenda fica no sentido oposto à direção para onde saíram os homens.
Os lavradores Moacir Júnior Silva Franco, 22 anos e Ivan Silva de Oliveira, 36 anos, foram vistos pela última vez ao saírem de casa para pescar no sábado, 26. Desde então, família e polícia fazem buscas, mas até o momento não há pistas deles. Eles saíram numa moto Sundow , de cor preta.
InformaçãoQualquer informação que possa ajudar nas buscas dos desaparecidos pode ser repassada pelos telefones: (63) 9 81318244, (63) 9 91065918, ou pelo Disque Denúncia da Polícia Civil ? 197 ou Polícia Militar ? 190.
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