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Dezenove casos de sarampo foram confirmados no Tocantins e oito descartados em Araguaína

Maioria dos casos confirmados está em Campos Lindos; Secretaria de Saúde reforça vacinação e medidas de isolamento para conter a transmissão.

Vacinação é a principal forma de prevenção contra o sarampo.
Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que, até a manhã desta segunda-feira (25), o Tocantins notificou 60 casos de sarampo. Desses, 24 foram registrados em Campos Lindos, 16 em Palmas, cinco em Porto Nacional, um em Nova Olinda, oito em Araguaína, três em Gurupi, um em Filadélfia, um em Oliveira de Fátima e um em Carmolândia.

Dos casos notificados, 19 foram confirmados em Campos Lindos, 34 descartados (quatro em Porto, 16 em Palmas, oito em Araguaína, um em Filadélfia, um em Nova Olinda, três em Gurupi e um em Carmolândia) e sete seguem em investigação.

Segundo a SES-TO, todos os pacientes têm histórico de contato com pessoas que viajaram para países onde o vírus circula. Eles não estavam vacinados, apresentaram os sintomas clássicos da doença e permanecem em cuidados domiciliares.

Ações de contenção

Desde 19 de julho, profissionais da vigilância em saúde atuam em Campos Lindos com medidas de contenção, como orientações de isolamento e vacinação dos contatos das pessoas confirmadas.

A Secretaria também enviou notas técnicas aos 139 municípios com orientações às áreas de vigilância e imunização. Todas as 323 salas de vacinação do Estado estão abastecidas com imunizantes.

O que é o sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral e altamente transmissível. A contaminação ocorre pelo ar, ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

O período de incubação dura de sete a 14 dias, e a transmissão pode ocorrer entre seis dias antes e quatro dias após o aparecimento dos sintomas. Os principais sinais são febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza e conjuntivite.

Complicações graves podem surgir, como pneumonia, encefalite e até óbito.

Prevenção

A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal recomendado é o seguinte:

  • Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero com a vacina dupla viral;

  • Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral e, após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral (ou tríplice viral + varicela);

  • Crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral, se já vacinadas aos 12 meses;

  • Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral, se sem histórico vacinal ou com esquema incompleto;

  • Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral;

  • Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.

Além da vacinação, o isolamento é outra forma essencial de evitar a transmissão. A pessoa com suspeita ou confirmação deve se afastar do trabalho ou escola por pelo menos quatro dias após o aparecimento das manchas (exantema). É necessário também evitar contato com crianças pequenas e mulheres grávidas, consideradas mais vulneráveis.

Outras medidas incluem:

  • limpeza regular de superfícies;

  • isolamento domiciliar no período de transmissão;

  • distanciamento social em locais de atendimento;

  • uso de lenços descartáveis;

  • higiene das mãos com água e sabão ou álcool em gel;

  • cobrir a boca ao tossir ou espirrar.

Tratamento

Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos disponíveis servem apenas para aliviar os sintomas.

A SES-TO orienta que qualquer pessoa com sinais da doença procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo para avaliação e prescrição médica adequada.