Em entrevista ao Programa a Voz do Povo, da apresentadora Silene Borges, na RedeTV, o pré-candidato ao Governo Ronaldo Dimas (PL) comentou sobre a operação da Polícia Federal contra fraudes no transporte escolar, ocorrida no último dia 19. O político também citou “roubalheira e os desmandos no Estado.
Logo no início da entrevista, ocorrida na noite desta segunda-feira, 23, Silene questionou Dimas sobre a visita dos agentes da Polícia Federal em seu escritório. Ele, por sua vez, classificou a situação como uma surpresa desagradável, mas disse ter lombo grosso.
“Surpresa desagradável. Claro, que esse tipo de situação, quem gosta? Mas (...) tenho lombo grosso. Pode bater [na porta], pode questionar. Vou atender, vou respeitar. Eles estão fazendo o trabalho deles, assim como qualquer cidadão. Duvido que é de quem esteve lá que partiu isso. Pontou.
Dimas relembrou que a PF fez uma operação com mesmo objetivo em 2019 e agora volta a cumprir os mandados. Disse ainda que não há citação de seu nome como envolvido no possível esquema do transporte escolar. Ele sugeriu que a operação se baseou em denúncias de opositores políticos. “Isso, claramente pra mim, é uma armação política.”
“Não estou falando em relação à Polícia Federal, estou falando em relação às denúncias. E algum tipo de influência que alguns tem. (...) Eu sei que tem gente andando em alguns órgãos em Brasília e enfiando situações daqui. O que eles querem fazer? Qual que é o objetivo?” Questionou.
Para Dimas, toda a armação tem por objetivo atingir seu projeto de chegar ao Palácio Araguaia na eleição de 2022. “Infelizmente estou sujeito a isso. Se eu não fosse [pré] candidato, provavelmente nada disso estava acontecendo.”
“Eles (opositores) querem transformar a gestão séria, firme, transformadora, como se fosse algo problemático (...) cheio de rolo”. Ao mudar de assunto, Dimas fez críticas indiretas, sem citar o nome, ao governador Wanderlei Barbosa. E rebateu com as roubalheiras do Estado.
“No Estado, se a gente for falar de roubalheira, de problema, de corrupção, de mal feito, se começar mexer nessas cestas básicas pega gente, que Ave Maria! (...) A gente tá vivendo num Estado carregado de corrupção, carregado de desmandos.
“Carregado de gente incompetente que não pensa na nossa população. É um desgoverno, uma falta de planejamento absurda. É jogar o dinheiro nosso, do povo, na lata de lixo que esse povo faz”. Criticou.
