Manifestação dos professores em Araguaína
Foto: Divulgação/Sintet

A paralização dos professores do município de Araguaína entrou no segundo. Ontem, dia 30 de maio, os profissionais de educação se reuniram em frente ao gabinete do prefeito Wagner Rodrigues, localizado na José de Brito, e acamparam no local. 

Imagens divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) mostram os professores no local durante o ato. Os profissionais cobram o pagamento do Piso Nacional do Magistério.

Ontem à tarde, a presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy Franca, gravou vídeo (veja abaixo) contestando as informações divulgadas pela prefeitura de Araguaína, sobre o os recursos da Educação. Ela apontou que o saldo financeiro da educação municipal é de mais de R$ 40 milhões (R$ 40.964.209,17).

De acordo com o Sintet, os dados que ela apresentou são demonstrativos do Conselho Municipal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de Araguaína.

“Recursos tem, e nós estamos provando para a sociedade que tem disponibilidade financeira sim, falta gestão sobre os recursos do Fundeb que devem ser aplicados para a valorização dos profissionais da educação. E é isso que estamos cobrando, o reajuste do piso para valorização da carreira”, disse Rosy Franca, complementando.

Não venha nos responsabilizar pelo limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), isso é um problema da gestão, assim como é a valorização da educação com a correta aplicação dos recursos do Fundeb. Dinheiro tem e nós provamos”, finalizou Franca.

Durante o dia de ontem os professores protestaram nas ruas da cidade e nesses dois dias não há aulas nas escolas municipais de Araguaína.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Araguaína informou que o pagamento do reajuste de 33,23% para os professores, exigido pelo Sintet, de acordo com o PCCR (Plano de Cargos e Carreira e Remuneração) da categoria, eleva os gastos com folha de pagamento para mais de 60% do orçamento municipal.

“O que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O permitido é até 54%.” Justificou.

Informou ainda que a aplicação do piso nacional e da data-base já foram concedidos pela Prefeitura e todos os 1.439 professores ganham o salário-base (inicial) de R$ 3.845,63 para o nível 1 e R$ 3.860,02 para os que estão no nível 2. “A revisão do plano, já proposta pelo Município, é uma alternativa para que haja equilíbrio entre as contas públicas e as conquistas da categoria.” Finalizou.