Política

Elenil já gastou R$ 694 mil e Wagner, 535mil; Dr. Hugo banca a própria campanha

Conforme o TSE, o limite de gastos dos candidatos a prefeitura de Araguaína nesta eleição é de R$ 865 mil.

Candidatos a prefeito de Araguaína - Eleições 2020-
Foto: Edição AN

Os quatro candidatos na disputa pela prefeitura de Araguaína já entregaram a prestação de contas parcial à Justiça Eleitoral no prazo determinado. Eles tiveram até o domingo (25) para declarar os valores arrecadados e os gastos. A prestação de contas final deve ser entregue até 15 de dezembro.

Até o momento, quem mais arrecadou e gastou na campanha foi candidato Elenil (MDB). Ele recebeu R$ 533.500,00, mas contratou despesas que somam R$ 694.555,60.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o limite de gastos dos candidatos nesta eleição é de R$ 865.710,15. Desse modo, Elenil já contratou 80% do limite de gastos.

Na sequência, a segunda campanha mais cara é a de Wagner Rodrigues (SD). Ele declarou ter recebido R$ 481.450,00, e gastou mais R$535.890,88. Isto é, já contratou 61% do limite de gastos.

Em terceiro lugar, aparece o petista Juiz Leador. Ele é o único candidato que tem mais receita que despesas. Até o momento declarou ter recebido R$ 57.522,44. Contratou despesas que somam 43.586,00. Ou seja, possui um saldo de quase 14 mil reais.

Por último, o candidato que conduz a campanha mais barata é o Dr. Hugo Mendes (PRTB). Sem fundo eleitoral, ele declarou ter recebido R$ 39.100,00. O maior volume da receita, total de R$ 27 mil, foi de autofinanciamento (doado pelo próprio candidato). Até o momento, Dr. Hugo contratou despesas que somam R$ 48.829,70.

Fonte de receitas e despesas

ELENIL: Dos R$ 533 mil de receita de Elenil, R$ 530 vem do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, apelidado de Fundão, sendo R$ 280 mil dos Diretórios Estadual e Nacional do MDB e R$ 250 mil do Progressistas, partido do candidato a vice-prefeito Dr. Cabral.

O candidato contratou mais de R$ 694 mil em despesas. O maior gasto foi R$ 250 mil com agência de publicidade para produção dos programas de rádio e tv. Seguido de R$ 121 mil com impressão de materiais; R$ 100 mil em comícios; R$ 51 mil com contratação de pessoas e R$ 50 mil com serviços advocatícios.

WAGNER: O candidato do Solidariedade apoiado pelo prefeito Ronaldo Dimas arrecadou até agora quase meio milhão de reais (R$481.450,00). A maior receita veio do partido de Dimas, o Podemos, que repassou R$ 299.900,00. Já o partido de Wagner destinou R$ 100 mil. A maior receita de pessoa física vem do deputado federal Tiago Dimas com doação de R$ 20 mil.

Em relação às despesas, Wagner declarou R$ 220 mil com uma agência responsável pela produção dos programas eleitorais de rádio e tv; R$ 100 mil com estrutura para os comícios; R$ 85 mil de gastos com pessoal; R$ 43 mil de materiais impressos e R$ 27 mil com a militância política.

LEADOR: O petista recebeu R$ 47,5 mil do fundo eleitoral do Partido dos Trabalhadores e desembolsou R$ 10 mil de recursos próprios, totalizando R$ 57.522,44.

As despesas com a campanha somam até o momento R$ 43.586,00. Dentre os gastos, são R$ 18 mil com materiais impressos; R$ 11 mil com produção de jingles, vinhetas e slogans e R$ 11,5 mil com serviços prestados por terceiros.

DR. HUGO: O candidato Hugo Mendes conduz a campanha apenas com doações de pessoa física. Ele disse que abriu mão dos recursos do fundo especial de financiamento de campanha (FEFC). 

Hugo é o candidato que mais investe em autofinanciamento. Dos 37.350 arrecadados, ele desembolsou R$ 27.500 com recursos próprios —73% do total. 

A despesa mais elevada foi com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais (R$ 16 mil); seguido por produção de programas de rádio e televisão (R$ 10 mil); serviços contábeis (R$ 10 mil) e serviços advocatícios (R$ 8 mil). O valor total dos serviços já contratados soma R$ 48.829,70.

Contas eleitorais

Todos os dados obtidos pela reportagem são públicos e podem ser conferidos na plataforma DivulgaCand do TSE.

Conforme o TSE, a prestação de contas é um dever de todos os candidatos – inclusive vices e suplentes – e dos diretórios partidários. Essa é uma medida que garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral.