Gaeco durante a Operação Dolos
Foto: Divulgação/MPTO

Ao longo do ano de 2020, foram presas 65 pessoas e apreendidos 466 quilos de drogas, além de 50 quilos de matéria-prima de metanfetamina in natura e 700 comprimidos de ecstasy, em operações conjuntas realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e pelas polícias Civil e Militar. 


As drogas apreendidas, que somam quase meia tonelada, incluem cocaína, crack e maconha e têm valor de mercado de aproximadamente R$ 1.709.000,00.


As operações, que visam desarticular organizações criminosas atuantes no Estado, também recuperaram  30 veículos roubados ou furtados, utilizados na prática de crimes, e apreenderam nove armas de diversos calibres. 


Outro grande feito foi a desarticulação de um dos maiores laboratórios de metanfetamina da região Centro-Norte do Brasil, na Operação Nobésio, realizada no mês de abril, na cidade de São Valério do Tocantins. O material apreendido era suficiente para fabricação de 20 mil comprimidos. Estima-se que a produção mensal da unidade atingia 100 mil comprimidos e que os criminosos faturavam cerca de R$ 100 mil por mês com a venda ilegal de arrebites para cidades do Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Maranhão.


O trabalho conjunto mais recente do Gaeco com as polícias Civil e Militar é a operação Feynman, deflagrada em 16 de dezembro, que conseguiu desarticular uma organização criminosa com diferentes núcleos, que era vinculada ao Comando Vermelho e traficava drogas de São Paulo para o Tocantins. Na ação, foram efetuadas 13 prisões no Tocantins e São Paulo, bem como apreendido fuzil, caminhonete blindada e barras de cocaína, crack e maconha, entre outros itens.


As operações realizadas em 2020 resultam de investigações próprias do Gaeco ou de apurações em conjunto com a Polícia Civil. 


Outras iniciativas


O trabalho do Gaeco não se limita a combater o narcotráfico, abrangendo os demais tipos de organização  criminosa – ou seja, toda associação de quatro ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, com objetivo de obter vantagem mediante a prática de crimes.


Em 2020, um dos destaques foi a operação Dolos, voltada a desarticular organização que fraudava documentos do Departamento Estadual de Trânsito para emplacar veículos furtados e roubados. Entre as pessoas presas e denunciadas pelo Gaeco estão servidores do Detran, despachantes e empresários que atuam na área de emplacamento de veículos, das cidades de Araguaína, Tocantinópolis e Wanderlândia.


O Gaeco também obteve na Justiça, em 2020, a condenação de seis membros de uma organização criminosa responsáveis por praticar furtos de equipamentos oftalmológicos em cidades do Tocantins, Maranhão, Pará, Piauí, Bahia e Goiás. O inquérito policial apurou a ocorrência de, pelo menos, 19 furtos a clínicas oftalmológicas desses seis estados, entre dezembro de 2015 e maio de 2016.