Nesta quarta-feira (30), enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem vão promover uma paralisação nacional por 24h. No Tocantins, estão previstos atos em frente a hospitais e apenas 30% do efetivo deve continuar trabalhando nas atividades de urgência e emergência.

Paulo Batista, presidente regional do Sindicato dos professionais da Enfermagem do Estado do Tocantins, informou que os profissionais de Araguaína fizeram ato das 9h às 10h, em frente ao Hospital Regional,  para dar apoio e notoriedade ao PL que estabelece o piso salarial e a jornada de 30 horas semanais.

Os profissionais da enfermagem estão em luta, desde de 2020, pela aprovação do Projeto de Lei (PL 2564/2020) que institui o piso salarial nacional da categoria.

O projeto fixa o piso em R$ 7.315 para enfermeiros. Com a aprovação, os técnicos de enfermagem terão o piso proporcional a esse valor em 70%, e em 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. Os valores são baseados em uma jornada de 30 horas semanais.

Segundo o presidente da União Nacional de Enfermagem do Tocantins, Dilson Júnior, além de enfrentar resistência para entrar em votação, há rumores de uma possível redução dos valores no projeto. Diante disso, as entidades classistas convocaram a categoria para manter os valores previsto no projeto.

Em assembleia geral extraordinária realizada na última sexta (28), os profissionais decidiram ficar em estado permanente de mobilização/greve por tempo indeterminado.

No Tocantins, são 20.584 profissionais, entre auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros. Conforme Dilson Júnior, mesmo sendo trabalhadores essenciais, a maioria dos profissionais da enfermagem está sujeita a baixos salários e, como compensação, muitos precisam acumular dois ou três empregos para garantir a sobrevivência.