endo Perfil anônimo estava sendo utilizado para praticar uma série de delitos contra cidadãos de Nova Olinda.
Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 33ª Delegacia de Nova Olinda, concluiu nesta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025, um inquérito policial que apurou a criação e administração de um perfil anônimo no Instagram, denominado @memenovaolinda. O responsável pela página, identificado como um influencer local, foi indiciado por crimes como divulgação de cena de estupro, difamação, calúnia e outros delitos que impactaram profundamente a comunidade de 11 mil habitantes.

O perfil, criado em janeiro de 2024, tornou-se alvo de dezenas de boletins de ocorrência registrados por moradores. Conforme o delegado Fellipe Crivelaro, responsável pelo caso, a página era usada semanalmente para ataques virtuais. 

“O perfil era responsável pela prática de inúmeros delitos, desde difamações e calúnias, até eventuais divulgações de cena de estupro, nudez ou sexo. Para uma cidade de apenas 11 mil habitantes, um perfil social anônimo como este vinha causando grandes transtornos na vida dos moradores, com potencial para desencadear eventuais tentativas de homicídio, mudanças de endereços, divórcios e até suicídios”, destacou.

Caso de maior repercussão

O ponto crítico da investigação foi a divulgação de uma cena de estupro envolvendo uma moradora. O autor do crime sexual foi preso e também indiciado por compartilhar o material, enquadrado no Artigo 218-C do Código Penal. A gravidade do caso levou à representação judicial pela exclusão do perfil em dezembro de 2024, atendida pela Justiça.

Após meses de apuração, a Polícia Civil identificou o administrador do @memenovaolinda. O delegado Crivelaro justificou a exposição pública do indiciado com base no Artigo 20 do Código Civil. 
 “Quando necessário à administração da Justiça, é permitida a exposição da imagem de uma pessoa. No caso, a divulgação do nome e foto do indiciado são necessários para que as vítimas possam exercer seus direitos legais de indenização e responsabilização penal”.

Chamado às vítimas

A autoridade policial convocou moradores que tenham sido alvo de crimes virtuais a formalizar boletins de ocorrência na 33ª Delegacia, caso ainda não o tenham feito. O inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário para que o Ministério Público adote as medidas legais.