Empresário César Trindade.
Foto: Redes sociais

Um empresário de Araguaína foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 26, durante a operação Rota Caipira, deflagrada contra o tráfico internacional de cocaína. O advogado dele, Edgar Mondadori, negou envolvimento do cliente nos crimes apontados pela PF.

César Trindade é dono da concessionária de Líder Veículos, segundo o Jornal do Tocantins (JTO).  Os automóveis que estavam no estabelecimento foram apreendidos durante a operação e levados em comboio para a sede da PF em Araguaína. 

O empresário araguainense está entre os 28 investigados pela PF, que tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça Federal de Araguaína.  A operação Rota Caipira cumpriu mandados de prisão e buscas em 13 estados. Apreendeu dinheiro, aeronaves e sequestrou fazendas de suspeitos de envolvimento com o tráfico.

De acordo com o G1 Tocantins, a Polícia Federal acredita que César Trindade seria financiador do tráfico internacional e também atuava na lavagem de dinheiro com carros de luxo e outros bens.

O suposto chefe do grupo seria Paulo Márcio Ribeiro Santos, que está preso na capital Palmas desde 2020 após uma apreensão de 800 kg de droga.

"Ele era investigado pela PF de Rondônia, quando foi decretada a prisão preventiva e ele fugiu para o Tocantins. Aqui ele montou toda essa logística e no ano de 2020 a gente fez a prisão dele em decorrência de tráfico de 800 kg de cocaína".  Explicou o delegado da PF em Araguaína, Allan Reis, em entrevista à TV Anhanguera.

Reis acrescentou que a operação Rota Caipira visa desarticular o grupo suspeito de tráfico internacional de cocaína. “Tem o objetivo de desarticular todos aqueles que davam apoio logístico a esse investigado.” Segundo a PF,  a droga era produzida no Peru, Colômbia e Bolívia. De lá, era transportada por aeronaves adaptadas para o Brasil.

O advogado Edgar Luiz Mondadori, que defende César Trindade, negou envolvimento do cliente com o tráfico e frisou que o empresário mora há muitos anos em Araguaína e “tem um nome a zelar.” As declarações foram dadas ao G1 Tocantins e à TV Anhanguera.

 "No decorrer deste inquérito policial, vamos comprovar que ele não tem nenhum tipo de participação nesses crimes que estão sendo imputados a ele. Já tem até reportagens colocando ele como chefão do tráfico, sendo que o César é um mero empresário, aonde ele faz vendas e trocas de veículos.” Pontou o advogado, complementando.

Com isso foi cogitado que ele teria alguma participação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mas nós iremos comprovar no decorrer desse processo que ele não tem nada a ver com esses crimes que estão sendo imputados a ele. Destacou o advogado Edgar Mondadori, frisando desconhecer a ligação entre César e o Paulo Márcio Ribeiro Santos, preso em 2020.

“A gente não teve acesso à totalidade dos autos do inquérito, então desconheço esse nome e até aonde a gente sabe ele não tem envolvimento nenhum. Nós já pedimos habilitação nos autos para que a gente tenha acesso a todos os documentos, à investigação em si, o que que levou a essa busca e apreensão na casa do meu cliente, para que daí a gente possa tomar as providências cabíveis, que é a restituição dos veículos, que são de clientes, de terceiros, não são nem dele”. Finalizou.

A defesa de Paulo Márcio, preso pela PF em 2020, negou que o cliente tenha ligação com os 800 kg de cocaína apreendidos pela PF em Tucumã (PA).  “Não tem prova contra ele, mas também não tínhamos ainda condição de saber quem era o dono desses entorpecentes. Com isso eu creio que a polícia vai desvendar tudo isso. Frisou o advogado Paulo Roberto.