Postes de madeira ainda são usados em algumas localidades de Araguaína.
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Araguaína, no norte do Tocantins, conta com vários postes de energia elétrica feitos de madeira. As estruturas antigas, que deveriam ser substituídas por postes de concreto, são usadas mesmo com uma proibição que começou a valer há cinco anos. Por serem antigos, eles estão desgastados, oferecem riscos aos moradores.

Maria de Nazaré mora na rua 3 de maio há 14 anos. Quando chegou o poste de madeira estava na via e nunca foi trocado. "O pé dele já está bem estragado, criando cupim. Eu acharia bom que eles trocassem", disse a auxiliar de professora.

É que uma lei municipal de dezembro de 2015 proibiu o uso de postes de madeira e estabeleceu um prazo de seis meses para que todos fosses substituídos pela concessionária de energia elétrica. Porém, estruturas fora do padrão ainda são vistas em várias áreas, como no bairro das Neblina, bairro São João e até na região central da cidade.

A lei prevê aplicação de multa de R$ 500 a concessionária por cada poste de madeira ainda instalado no município, com aumento de 10% do valor até a quinta vez caso o problema não fosse resolvido.

Enquanto a situação não é resolvida, moradores ficam preocupados. A cabeleireira Romar Alencar pede uma solução.

"Está passando do tempo de trocar, né? Vários já foram trocados. Tem esse aqui e aquele lá justamente no lugar que é mais perigoso, que é a esquina. Tem muito acidente. Eles exigem da gente e eu acho certo a gente também exigir eles", disse.

Maria de Nazaré também espera morar próximo de uma estrutura mais segura. "A gente paga nossas contas, cumpre com a empresa, e a empresa não cumpre os deveres, que é substituir os postes", disse.

A prefeitura de Araguaína afirmou que vai enviar uma equipe técnica para verificar a situação nos bairros citados na reportagem. Se forem constatadas irregularidades o município deve notificar a concessionária de energia para que faça a substituição imediata.

O que diz a Energisa

A Energisa, companhia responsável pelo abastecimento de energia e substituição de postes, afirmou que as distribuidoras do país seguem determinações e normas da Agência Nacional de Energia Elétrica e que qualquer lei elaborada fora do âmbito federal pode ser declarada inconstitucional.

Disse que, no Tocantins, tem um plano para troca e manutenção de postes e que já substituiu 233 de madeira por estruturas de concreto.

A companhia informou ainda que atualmente existem cerca de 20 estruturas de madeira em boas condições. Sem informar um prazo, disse que eles devem ser substituídos futuramente.