
Embora a expectativa de vida da população brasileira tenha aumentado nas últimas décadas, muitos idosos ainda enfrentam dificuldades para envelhecer com saúde e qualidade de vida. A depressão é um dos problemas mais comuns nessa fase, podendo estar associada a deficiências nutricionais, alterações hormonais, sedentarismo e isolamento social. O alerta é do médico Jhones Araújo, especialista em nutrologia, que ressalta a importância de identificar precocemente esses fatores para garantir mais bem-estar.
Segundo o especialista, aspectos como má alimentação, falta de exames preventivos e exclusão social aumentam o risco de quadros depressivos. “O primeiro ponto é a deficiência de vitaminas, deficiências hormonais, uma má alimentação e a exclusão social. Tudo isso interfere para que esse idoso esteja mais vulnerável à depressão. Quando ele tem saúde e qualidade de vida, consegue estar mais inserido no meio social, o que ajuda a prevenir a doença”, explica Jhones.
De acordo com o médico, uma avaliação com um especialista pode identificar sinais precoces, diferenciando os sintomas naturais do envelhecimento de indícios de depressão. “Na própria consulta já conseguimos observar ânimo, humor e disposição para atividades básicas, como se alimentar ou se exercitar. Também avaliamos deficiências nutricionais e hormonais que podem estar por trás do quadro”, aponta.
Além da análise clínica, a nutrologia atua para devolver vitalidade ao idoso, especialmente em casos de sarcopenia — perda de massa muscular comum nessa fase. “O idoso precisa, em primeiro lugar, se alimentar corretamente, com orientação médica e nutricional. Isso garante não só mais energia física, mas também mais saúde mental. Uma alimentação equilibrada, associada a hábitos como caminhadas, hidroginástica ou academia, faz toda a diferença para manter autonomia”, destaca.
Outro ponto central no cuidado com a terceira idade é o suporte familiar. Para o especialista, os resultados só aparecem quando o idoso se mantém ativo e acolhido. “É preciso evitar que ele fique acamado, fraco ou dependente. A família tem papel essencial em incentivar boas práticas de saúde, como alimentação adequada e atividades físicas. Isso garante qualidade de vida e independência por mais tempo”, orienta.
Jhones reforça que, quanto mais cedo as alterações forem identificadas, maiores são as chances de intervenção positiva. “Os exames e a consulta clínica permitem perceber se aquele paciente precisa de uma ajuda complementar, seja com suporte nutricional ou outra abordagem. Quando tratamos logo, conseguimos melhorar humor, saúde e longevidade”, conclui.