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Especialistas alertam para os cuidados com a hipertensão, que está entre as principais causas de morte no Brasil

Conforme o DataSUS, em 2019, a doença esteve associada à 45% das causas de morte por problemas cardiovasculares.

A pressão alta pode causar diversos males ao organismo, entre eles, o infarto, AVC e quadros de trombose.
Foto: Divulgação

A hipertensão arterial, ou pressão alta, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. De acordo com dados de 2020, do Ministério da Saúde, cerca de 26 milhões de brasileiros sofrem da doença. A pressão alta pode causar diversos males ao organismo, dentre eles destacam-se o Infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e quadros de trombose venosa profunda, ou seja, obstrução de vasos sanguíneos, principalmente nos membros inferiores.  

Para os especialistas, a hipertensão arterial é um atalho para essas doenças que estão entre as principais causas de morte no Brasil. De acordo com o DataSUS, em 2019 a doença esteve associada à 45% das causas de morte por problemas cardiovasculares, ou seja, são cerca de 200 mil óbitos por ano como consequência da hipertensão arterial.

A hipertensão não tratada está associada a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal crônica. 

O cardiologista Henrique Furtado alerta para o fato de que pessoas hipertensas que não tratam o problema são vítimas de ocorrências críticas como essas.

“Se o paciente é diagnosticado com hipertensão arterial, ou pressão alta, como preferem denominar, e não faz o tratamento indicado pelo seu médico, o risco de sofrer danos graves que levam a óbito é muito alto. A doença evolui para complicações no sistema cardiovascular, e até mesmo para problemas críticos no sistema renal”, ressaltou o especialista. Henrique Furtado explica que nessas situações, o paciente pode sofrer um derrame cerebral ou AVC, já nos rins, pode ter alterações na filtração chegando a paralisação dos órgãos. 

A especialista em cirurgia vascular, Ana Célia de Freitas, do Instituto de Circulação e Laser (ICL), também faz um alerta aos pacientes hipertensos. Ela explica que não somente a doença arterial periférica tem correlação com a hipertensão , mas as varizes, que ocorrem principalmente nas pernas, surgem em decorrência da má circulação sanguínea e, em alguns casos, a hipertensão arterial provoca o desenvolvimento de quadros de trombose venosa profunda.

A obstrução dos vasos sanguíneos por coágulos pode causar trombose e as pessoas podem não dar importância a isso, o que é preocupante. No consultório, após exames específicos para saber como o sangue flui no organismo, é possível prevenir esses males e evitar que o paciente enfrente uma situação crítica como essa”, destacou a especialista. 

Tanto Dr Henrique Furtado, quanto Dra Ana Célia de Freitas explicam que “controlar a pressão arterial é mais fácil do que pode se imaginar”. Eles afirmam que optar por um estilo de vida saudável, com uma dieta balanceada de pouco uso do sal, atividades físicas regulares são atitudes que, associadas à medicação prescrita por especialista, são fatores que controlam os casos de hipertensão e evitam a gravidade de ocorrências causadas pela doença.

No caso das varizes em pessoas hipertensas, o tratamento é estendido a realização de cirurgias, quando indicada, e o uso de meias de compressão que auxiliam o sangue a fluir melhor, com retorno característico do fluxo ao coração.