Aldenir Alves Texeira chegou ao Fórum de Araguaína por volta das 16h

Aldenir Alves Texeira, réu pela morte da esposa, a cabeleireira Edilene Oliveira da Silva, vai a júri popular no próximo dia 19 de março. O julgamento está marcado para iniciar às 8h00 e acontecerá na sede da OAB, centro de Araguaína.

Ele vai responder por feminicídio, crime ocorrido no dia 14 de julho de 2016. Aldenir está  preso desde outubro de 2016.  Segundo a investigação, comandada pelo Delegado José Rérisson Macedo Gomes, Aldenir matou a esposa com um golpe "mata leão" após discussão por ciúmes e levou o corpo no próprio carro para desovar numa chácara depois da Jacubinha.

Preso, ele confessou o crime e levou a Polícia onde estavam enterrados os restos mortais da esposa Edilene.  O corpo havia sido enterrado numa cova rasa e envolto de um colchão inflável, mas alguns membros (como braços) estavam espalhados nas proximidades.

Já em junho de 2017, após denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a Justiça reconheceu os indícios de autoria do crime e determinou que o réu fosse levado a júri popular. O MPE alegou motivo torpe para o crime e que não possibilitou defesa da vítima. Aldenir vai responder pelo crime de feminicídio, além de ocultação de cadáver.

Crime premeditado

Em entrevista ao AN na época, o delegado Rérisson Macedo frisou que o crime foi premeditado.  Isso porque, às vésperas do crime, Aldenir viajou ao Maranhão para deixar os filhos com os pais de Edilene e retornou para Araguaína  com a alegação de que queria reconstruir o casamento. No entanto, nas palavras de Rérisson, ele planejava uma "ruptura com a morte da esposa".

?Tinha deixado os filhos pra passar as férias. Ele disse que houve uma discussão entre o casal e ele deu um [golpe] ?mata-leão? nela. Asfixiou e disse que era pra acalmar da fúria dela durante a discussão. Mas só que quando ele soltou, que ela parou de gesticular, ele viu que ela estava desfalecida. Ele disse que tentou reanimar, deu uns tapas no rosto e realmente ela estava sem vida.

Tentativa de despistar a Polícia

Para tentar despistar a investigação,  Aldenir inventou que Edilene havia deixado ele e  fugido,  levando apenas o dinheiro que guardava em casa, deixando outros bens para trás. Inclusive,  ele chegou a dizer a Polícia que a própria Edilene havia feito um inventário, especificando os bens que deixara para cada um dos dois filhos.

"A moto deixa pra minha filha. A chácara deixa pro Wanderson?. Então são atitudes no mínimo suspeitas, pra quem ia embora fugindo com outra pessoa. Jamais poderíamos acreditar nisso". Argumentou Rérisson.

Desde o início das investigações a polícia desconfiava da versão apresentada pelo ex-marido. Isso porque ela despareceu em julho e o boletim de ocorrência sobre o foi registrado somente no dia 2 de agosto, mais de 15 dias depois.

Após quebra do sigilo telefônico, o caso foi desvendado e constatado que se tratava de um crime passional motivado por ciúmes. O delegado José Rerisson Macedo acrescentou que depois que conseguiu desmentir as alegações apresentadas pelo Aldenir.  "Ele começou a chorar e disse que realmente tinha matado a esposa dele" frisou .

. Desde a prisão (10/10/2016), ele se encontra na Casa de Prisão Provisória de Araguaína.

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