No quinto dia de buscas sem sucesso, a família do adolescente Ivan Gabriel Miranda da Silva, de 16 anos, está desesperada sem notícias do paradeiro dele. Ele sumiu no último dia 7, quando brincava com amigos e decidiu pular da ponte sobre o Rio Providência em Miranorte.

Testemunhas relatam que após o salto, o adolescente nadou cerca de 500 metros e tentou se segurar em galhadas. Contudo, teria dado uma convulsão, submergiu nas águas turvas do rio e desde então não foi mais visto. Bombeiros fizeram intensos trabalhos de buscas, tanto na superfície quanto com mergulhos, mas Ivan continua desaparecido.  

Drama da família

Diante da demora de um desfecho, a família enfrenta a angústia dia após dia. À TV Anhanguera, a tia do adolescente, dona Maria Lúcia, relatou o drama vivido nos últimos cinco dias, pediu ajuda às autoridades e a populares para continuarem as buscas no rio. 

"A mãe dele está com os joelhos inchados de ficar de joelho. Não está dormindo, não está comendo. Ela está desesperada. (...) Ontem nós desesperamos tanto que saímos pedindo ajuda nos carros de som, pedindo ajuda na rua [...] de quem tivesse canoa, tivesse lancha ou algo aquático para ajudar a gente". Relatou a familiar, acrescentando.

"Quanto mais com essa chuva a gente fica pensando o que aconteceu com ele, se foi só afogamento ou se bicho pegou, se aconteceu alguma coisa. Estamos arrasados. Estamos pedindo ajuda a nossa Senhora de Aparecida, que também foi achada nas águas, ela também foi achada no fundo da água." 

As buscas

Em nota, divulgada nesta quarta-feira, 12, o Corpo de Bombeiros informou que "os trabalhos de buscas continuam, seguindo os protocolos para o referido tipo de ocorrência. E que se passaram quatro dias de trabalhos intensos em que foram cumpridas todas as etapas deste protocolo. Desde a realização de mergulhos (dificultados pela forte correnteza e turbidez da água) e as buscas de superfície diárias a partir do ponto onde a vítima desapareceu". Explica nota.

Destaca ainda que a cheia do rio e o aumento da força das correntezas dificultam a localização. “Podendo inclusive levar a vítima para quilômetros de distância do local do fato”.

Por fim, a nota menciona que uma equipe de bombeiros continua nessa região aguardando novas informações que possam direcionar e otimizar as ações de busca. “Ao tempo em que também presta socorro às vítimas das enchentes que assolam o Tocantins neste período.”