A operação tem como objetivo investigar empréstimos consignados fraudulentos.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins (MPTO), cumpriu na manhã desta terça-feira, 23, uma série de mandados em ao menos oito cidades do Tocantins. A Mega Operação, denominada Pareda, mira 14 advogados suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes de empréstimos consignados.

A operação do Gaeco conta com apoio da Polícia Civil (PC).  Em Araguaína, foram cumpridos mandados num renomado escritório de advocacia. A operação, que mira os 14 advogados, cumpriu mandados em 18 locais, sendo  11 residências e ste escritórios, localizados em 8 cidades do Tocantins.

São elas: Ananás, Araguacema, Araguaína, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Dois Irmãos, Goiatins e Palmas.

De acordo com o MPE, a operação visa reunir provas e desarticular uma suposta organização criminosa que atuava em diferentes municípios, angariando documentos e dados de pessoas em situação de vulnerabilidade (incluindo pessoas analfabetas, aposentados e indígenas).

_A finalidade da organização criminosa era a de contratar empréstimos consignados fraudulentos, para se apropriar indevidamente dos valores, bem como ajuizar ações em massa na Justiça estadual, em desfavor de instituições financeiras. Informou o MP-TO.

 A  Operação conta com a participação de 60 policiais, 12 delegados, 4 agentes do Gaeco e 7 promotores. A palavra Praeda, que dá nome à operação, tem origem no latim e significa “presa”.

Operação

A operação decorre de investigações realizadas pelo Gaeco desde maio de 2023. São apurados os crimes de furto qualificado, apropriação indébita qualificada, estelionato qualificado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual, todos cometidos no âmbito de organização criminosa.

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Tocantins (OAB-TO) acompanhou os trabalhos, nos termos da legislação, a fim de garantir as prerrogativas dos 14 advogados que são alvo da operação.

O Ministério Público entende que os profissionais da advocacia exercem suas funções majoritariamente de forma honrada, mas que, pontualmente, desvios são cometidos por alguns integrantes e precisam ser apurados