Integrantes do Gaeco cumprem mandados em Araguaína
Foto: Divulgação /MPTO

Uma operação do Gaeco e da Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Araguaína.  A operação, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 2, investiga contratos de aluguel de carros realizados pela Câmara Municipal de Araguaína, entre os anos de 2016 e 2020.

A operação investiga suposto esquema de fraude em licitação e desvio de dinheiro público, por meio do aluguel de veículos. Nos quatro anos, entre 2016 e 2020, a Câmara de Araguaína pagou o montante de R$ 3.351.540,92, referentes a alugueis de carros para os vereadores.

Os mandados de busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína e são cumpridos em oito endereços de Araguaína, com apoio da Polícia Civil. De acordo com o MPTO, a peração Finta Carozza tem o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de desvio de recursos públicos, fraude à licitação, superfaturamento de contratos, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPTO, as  investigações começaram a partir de um Relatório de Inteligência, que apontou indícios de irregularidades em um contrato firmado entre a Câmara Municipal de Araguaína e a empresa Auto Vip Multimarcas Ltda para locação de veículos sem motorista.

“Entre as principais suspeitas de irregularidades, destaca-se o fato de que muitos dos veículos listados no contrato nunca pertenceram à empresa contratada. Além disso, verificou-se que vereadores supostamente alugavam seus próprios veículos ou indicavam terceiros para o fornecimento, apropriando-se indevidamente dos recursos públicos”, informou o MPTO.

A operação recebeu o nome “Finta Carozza”, que, em italiano, significa “falsa carruagem”, fazendo referência ao modus operandi suspeito da organização investigada, que teria simulado locações de veículos para ocultar o desvio de verbas públicas.

Nota da Câmara de Araguaína 

A Câmara Municipal de Araguaína informa que ainda não foi notificada sobre a operação Finta Carozza. O assunto refere-se a gestões anteriores, conforme o noticiado mais precisamente aos anos de 2016 e 2020.  A Câmara por meio da Presidência atual, reforça que preza pela transparência e irá colaborar com as investigações.