Redação

A audiência pública realizada durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia na tarde desta terça-feira (10) terminou sem encaminhamentos. O objetivo era formar uma comissão para promover o diálogo entre policiais civis e o Governo do Estado. Porém, o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Nilton Franco (PMDB), adiou a proposta para a próxima reunião.

Sem representante

Além disso, o governador Marcelo Miranda (PMDB) não enviou representantes para a audiência. O Executivo foi defendido pelo líder do governo, deputado Paulo Mourão (PT) que relembrou as condições financeiras herdadas pela atual gestão. “A discussão não é legal, mas financeira. (...) As leis que concederam os benefícios aos policiais não foram vedadas pela lei eleitoral, mas pela LRF porque, desenquadrado, o Estado não poderia ter concedido tais reajustes”, justificou Mourão.

Representante dos Policiais

Para o Sinpol, a falta de representante do executivo mostra que o governo não quer negociar com a classe. “O governo diz estar aberto ao diálogo, mas o governador não mandou sequer uma secretária para audiência pública realizada aqui na Assembleia. O que governo diz para a imprensa não corresponde a verdade”, destacou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho.

Em nome dos grevistas, discursaram representantes dos policiais civis e dos delegados da Polícia Civil. Além de manifestar descontentamento, eles relembraram que os benefícios são apenas uma parte das lutas das categorias que também sofrem com excessiva jornada e problemas quanto às condições de trabalho.

Participantes

Durante a audiência, requerida pela deputada estadual Luana Ribeiro, os presidentes de associações de praças da Polícia Militar, de Cabos e Soldados e das mulheres dos PMS discursaram e prestaram apoio aos Policiais Civis. (Com informações da AL e da assessoria do Sinpol)