
A Secretaria Municipal de Saúde de Gurupi (Semus) informou, nesta quarta-feira (3), que tem notificação de duas pessoas com suspeita de varíola dos macacos na cidade. No Tocantins, já são seis casos sob investigação em diferentes cidades. A primeira confirmação da doença no estado aconteceu há uma semana, mas o paciente já recebeu alta.
Segundo a Semus, os pacientes são uma mulher de 42 anos e uma criança de 11 anos. A criança tem histórico de viagem para os estados do Pará e São Paulo. Já a mulher viajou para o estado do Rio de Janeiro. Ambos apresentaram sintomas e sinais que podem ser considerados do vírus Monkeypox. Os pacientes seguem isolados, e o resultado dos exames deve sair em 15 dias.
Além de Gurupi, também há casos sendo investigados em Palmas, Colinas do Tocantins, Porto Nacional e Lagoa do Tocantins.
Plano contingência Gurupi
Segundo o secretário de saúde de Gurupi, Sinvaldo Moraes, a equipe da Vigilância Epidemiológica e das Unidades Básicas de Saúde – UBS estão implementando a estratégia para atender as especificidades de mais essa doença que está chegando na cidade.
“Estamos definindo uma UBS de referência para proceder com o atendimento em casos suspeitos da varíola dos macacos. Queremos concentrar o atendimento em um único local, onde os pacientes receberão orientação e atendimento”, afirmou Sinvaldo, explicando que é possível que ainda nesta quarta-feira informe qual é a UBS de referência. O local está sendo adaptado e preparado para este atendimento.
Sintomas e isolamento
Os sinais e sintomas da Monkeypox duram de 2 a 4 semanas. A doença é transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato direto com feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, com materiais que tocam fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis ou com secreções respiratórias durante o contato pessoal prolongado.
Os casos suspeitos de Monkeypox devem ser mantidos isolados. As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas.
Caso o paciente não precise de internação e esteja com suspeita da doença, deve cumprir imediatamente 21 dias de isolamento. Ele passará por exames para confirmação e o isolamento só poderá acabar após o desaparecimento completo das lesões. O paciente deve ser acompanhado em relação a sinais e sintomas, devendo ser referenciado para atendimento especializado no caso de complicações.
Pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos ou confirmados devem passar por acompanhamento, mas não há necessidade de isolamento dos contatos assintomáticos.
Entre os tipos de complicações para internação estão:
- infecções secundárias;
- lesões cutâneas permanentes;
- perda de fluidos por exudação;
- lesões dolorosas em mucosas;
- odinofagia (dor ao engolir);
- disfagia (dificuldade de engolir);
- sangramento retal;
- dor anal;
- redução da acuidade visual e outros problemas oculares
- broncopneumonia;
- insuficiência respiratória.