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Hiperidrose: causas e tratamentos

O suor excessivo pode ter causas genéticas ou ser efeito colateral de uso de remédios. O diagnóstico deve ser feito com acompanhamento médico

O suor excessivo pode ter causas genéticas ou ser efeito colateral de uso de remédios.
Foto: Ilustrativa

Você já teve um compromisso sério, como uma entrevista de emprego, e percebeu que sua roupa estava toda suada? Essa é uma situação extremamente desconfortável e que pode acontecer, por exemplo, se a pessoa faz algum esforço físico ou mesmo se o dia está muito quente.

Viver uma situação dessas uma vez ou outra já é desconfortável, agora imagine conviver com o suor excessivo? É exatamente isso o que acontece com quem tem hiperidrose, condição clínica que faz com que a pessoa transpire excessivamente.

Essa doença, que deve ser diagnosticada com o auxílio de médicos como os endocrinologistas ou os dermatologistas, não é de fácil convivência. Desodorantes específicos, trajes anti suor e, em casos mais graves, cirurgias são algumas das formas de conter o problema. 

Hiperidrose: o que é

A palavra hiperidrose é originária da língua grega e expressa a condição da pessoa que produz suor em excesso em situações em que não há realização de grandes esforços físicos e/ou não está em um período muito quente do ano ou do dia.

Ou seja, se a pessoa sua muito, mas está no meio de uma atividade física intensa, ou se está muito quente é improvável que a quantidade excessiva de suor esteja relacionada a um problema de saúde, mas sim às condições do organismo diante daquele momento/ ambiente.

Como diagnosticar a hiperidrose

Dermatologistas e endrocinologistas, grupos médicos que ajudam a diagnosticar a doença, alertam que, para verificar se a pessoa sofre de hiperidrose, é necessário observar o padrão da sudorese (transpiração).

A pessoa que sofre com a hiperidrose e sua muito, por exemplo, nas mãos, nas axilas e/ou no couro cabeludo, para de transpirar quando está em repouso. Se a pessoa suar por todo o corpo e também durante as horas de sono, ela tem um tipo específico de hiperidrose, chamada de secundária.

Tipos de hiperidrose

Segundo os especialistas, há dois tipos de hiperidrose: a primária e a secundária. 

Hiperidrose primária

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse tipo de hiperidrose tem mais relação com as causas genéticas. O suor excessivo é percebido em partes específicas do corpo como as mãos, os pés, axilas e mesmo no rosto.

Hiperidrose secundária

Ainda segundo a SBD, a hiperidrose secundária se manifesta em todo o corpo, ou seja, o suor não aparece apenas em partes específicas como nas palmas das mãos ou nas axilas. 

Segundo o órgão, essa sudorese excessiva não tem relação com causas genéticas, como no caso da primária, mas sim com efeitos colaterais de remédios, por exemplo, ou mesmo desequilíbrios no organismo da pessoa. 

Fator estresse

Quando estão estressadas, as pessoas podem apresentar problemas gastro-intestinais, dores de cabeça, queda de cabelo ou problemas na região cervical. Os médicos alertam, no entanto, que o estresse também é um fator que pode contribuir para o aparecimento da sudorese excessiva. 

Portanto, se a pessoa não tem um histórico familiar de hiperidrose, se não tem a carga genética, e não faz uso de remédios controlados, ela pode sim desenvolver o quadro por causa dos elevados níveis de estresse. 

Tratamentos e soluções paliativas

Para encontrar o melhor tratamento para hiperidrose, antes de tudo, é necessário ter certeza de que é essa a doença que acomete o paciente. Além disso, é indispensável perceber qual o tipo da doença, se o primário ou secundário.

Com isso em mente, o médico pode recomendar, por exemplo, desodorantes próprios (antitranspirantes) e mesmo alguns medicamentos para desestimular as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Há também tratamentos terápicos como o iontoforese, que tenta desestimular as glândulas através de ondas magnéticas.

Quem tem um quadro mais simples de sudorese, por exemplo, nas axilas, pode investir também em roupas que têm tecnologia antitranspirante. Nesse caso a pessoa não deixa de transpirar, mas evita o constrangimento da roupa sempre molhada.

Casos mais graves, em que não há uma resposta do organismo aos outros tratamentos e terapias, devem ser solucionados com uma cirurgia. Nesse caso, o procedimento pode ser uma raspagem das axilas ou então a chamada Simpatectomia Torácia Endoscópica (STE).