Jaqueline Rodrigues, de 19 anos.
Foto: Divulgação

A Justiça revogou a prisão preventiva do homem que foi apontado pela Polícia Civil como suspeito da morte da vendedora Jaqueline Rodrigues, de 19 anos. Ele conseguiu comprovar que estava em Gurupi, a 70 quilômetros de Peixe, onde o crime aconteceu. O homem estava detido desde a última sexta-feira (8) e foi solto na manhã desta quarta-feira (11).

A jovem foi encontrada morta na manhã de quinta-feira (5) em Peixe, na região sul do estado. A Polícia Militar informou que a vítima estava dentro do banheiro de uma loja de roupas onde trabalhava. Ela foi encontrada amordaçada e amarrada, com várias marcas de facadas.

O suspeito tinha sido preso em Gurupi, também na região sul. Ele teria sido reconhecido depois que a polícia ouviu testemunhas e teve acesso a um vídeo que mostra um homem fugindo do local de crime em uma moto. Além disso, o homem teria sido identificado após os policiais perceberem que ele é manco de uma das pernas, mesma característica do homem que aparece nas imagens.

Só que o homem conseguiu comprovar que não estava na cidade de Peixe no momento do crime. A defesa apresentou imagens de câmeras, declaração de comerciantes e até comprovante de pagamento com cartão para provar que ele estava em Gurupi.

Para a juíza Ana Paula Araújo Aires Toríbio, da 1ª Escrivania Criminal de Peixe, as provas comprovam "o álibi no sentido de que o requerente não estava na cidade de Peixe na data e horário do crime", diz trecho decisão.

Ainda segundo a juíza, poderia se cogitar que datas e horários das imagens não são precisos. Só que a própria polícia confirmou as informações, conforme consta do parecer do Ministério Público. "[..] Este subscritor entrou em contato telefônico com a autoridade policial responsável pelas investigações e recebeu a informação de que algumas das imagens mencionadas no pedido acabaram de ser checadas pela Polícia Civil e apurou-se que são verdadeiras e não há indícios de que houve alteração de data ou horário", diz a decisão.