Ministro dos transportes anuncia data de implosão de partes da ponte entre TO e MA
Foto: Felipe Brasil/MT O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que a implosão do restante da Ponte Juscelino Kubitschek, mais conhecida como ponte de Estreito, está agendada para o dia 2 de fevereiro. O colapso da estrutura, que conectava os estados do Tocantins e Maranhão, completou um mês na última quarta-feira (22). O desastre resultou em 14 mortes confirmadas e três pessoas desaparecidas.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva no canal do Youtube, CanalGov.
"Nós tivemos o salvamento, com o resgate das vítimas. Agora nós teremos a reconstrução. O primeiro grande ponto é a implosão do remanescente da ponte que será feito no próximo dia 2. Nós vamos reconstruir, vamos entregar a ponte construída ainda neste ano", disse o Ministro.
Durante a entrevista, Renan Filho também falou sobre o uso da ponte, que não foi construída para escoar produção.
"A ponte entre Estreito e Aguiarnópolis foi construída em 1964. Aquela ponte não foi construída para escoar produção, ela foi construída para integração nacional. E de lá pra cá o Brasil mudou muito. O Matopiba passou a ser uma das regiões mais produtivas do mundo e a ponte, não dimensionada, no momento em que recebeu três caminhões com grande peso, ela ruiu. O problema é que carregando carga muito pesada não foi paralisada a passagem de veículos pesados. Até que chegou o momento e a ponte colapsou", explicou.
Na entrevista, Renan Filho destacou que o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) acompanha quase 10 mil obras especiais no país — pontes, viadutos e túneis, por exemplo. Segundo o ministro, o governo tem condições de observar as estruturas em andamento para que incidentes, como o registrado na ponte JK, não se repitam.
Acidente
A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre o Maranhão e Tocantins, completou um mês nesta quarta-feira (22) com três pessoas desaparecidas e 14 mortes confirmadas. Apenas um homem foi resgatado com vida da tragédia: Jair Silva Rodrigues, de 36 anos. Entre os mortos e desaparecidos, estão crianças e idosos.
As ações para localizar os desaparecidos ocorrem de forma pontual, com uso de lanchas, motos aquáticas e drones. No último fim de semana, a Marinha informou que mergulhadores seguiam proibidos de entrar na água por falta de segurança. “A Marinha está empregando 72 militares, que realizam buscas em superfície”, diz trecho de nota.