Adriana Silva, de 20 anos, foi assassinada pelo namorado em Gurupi.
Foto: Arquivo pessoal/Facebook

Está marcado para esta quarta-feira, 09 de junho, o julgamento do caso de feminicídio da jovem Adriana Silva Sales de Souza, de 20 anos, morta em fevereiro de 2020 pelo namorado Mário Breno Rodrigues Lopes, de 19 anos.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), autor da denúncia que levou o acusado ao banco dos réus, será representando pelo promotor de Justiça Rafael Pinto Alamy, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Gurupi. Ele sustentará a condenação de Mário pelos crimes de feminicídio (assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino), com uso de asfixia e meio cruel, ocultação de cadáver e corrupção de menores, pelo fato de ter solicitado a ajuda de um amigo adolescente.

O caso chocou a maior cidade da Região Sul do Tocantins. Na noite de 24 de fevereiro de 2020, Mário Lopes dirigiu-se a uma área próxima à residência de Adriana Souza, com quem mantinha relacionamento amoroso. De lá, enviou mensagem de texto para a vítima, convidando-a para uma conversa.

Após a ofendida ser atraída ao veículo, esta foi surpreendida com a ação do adolescente, encontrado na parte traseira da cabine, que agarrou a vítima pelo pescoço e a deitou na cama que ali existia. Nesse momento, Mário Breno juntou-se ao adolescente e então amarrou os pulsos e o pescoço de Adriana com uma corda de nylon que tinha levado para o local.

Em seguida, o denunciado desferiu vários golpes de faca nos braços da ofendida, que, imobilizada, não conseguiu se defender. Após os golpes, Mário Breno, com a ajuda do adolescente, passou a asfixiar a vítima utilizando-se das mãos e do cordão já enroscado no pescoço da ofendida, estrangulando-a até a morte.

Após a consumação do crime, o denunciado e o adolescente levaram o corpo da vítima, no interior do caminhão, até as margens do Rio Gurupi, na zona rural do município, local onde o ocultaram. Mário foi preso no dia 06 de março de 2020 e confessou o crime.

Sessão presencial

O Tribunal do Júri que será realizado nesta quarta-feira, 09, faz parte da retomada das sessões presenciais, após mais de três meses de atividades virtuais. As sessões serão realizadas em conformidade com o Plano de Biossegurança, proposto pela Portaria Conjunta n° 35/2020, que estabelece a retomada presencial das sessões do Tribunal do Júri no âmbito do Poder Judiciário, considerando, entre outros pontos, a Resolução nº 322, de 1º de junho de 2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece medidas para a retomada dos serviços presenciais, observadas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo novo coronavírus.

Com o intuito de garantir a segurança dos envolvidos, serão disponibilizadas, durante as audiências, máscaras aos usuários, preenchido um questionário de triagem dos casos de Covid-19, conforme estabelece a portaria, além de restrição do público externo e utilização do púlpito para as sustentações orais.