Cleber Toledo
O juiz da 3ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, Gilberto Clovis Farias Matos, decretou a falência na quinta-feira, 18, de um grupo de empresas da área de viagens e turismo controladas pela Graça Aranha RJ Participações Ltda. Entre os acionistas da holding está o Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev), com R$ 13 milhões aplicados.
Conforme o site de Veja divulgou em maio, o Igeprev e outros seis fundos de previdência de funcionários públicos injetaram R$ 23 milhões numa empresa desse grupo que teve a falência decretada semana passada, a Marsans Brasil. Ela é controlada, desde 2010, ainda conforme a revista, pelo doleiro Alberto Youssef, conhecido também como um dos pivôs do esquema de lavagem de R$ 10 bilhões, investigado pela Polícia Federal na operação Lava-Jato.
De acordo com Veja, os R$ 23 milhões foram investidos entre 2012 e 2013 pelos sete fundos de previdência. O maior investidor, depois de Youssef (68%), é o Igeprev, com 17,4% das cotas. Também tornaram-se investidores na empresa do doleiro os fundos municipais de previdência de Cuiabá (MT), que desembolsou R$ 3,4 milhões; e Paranaguá (PR), que gastou R$ 2 milhões.
No Nordeste, o fundo de Amontada (CE) gastou cerca de R$ 1,6 milhão; e o de Petrolina (PE), R$ 980 mil. Hortolândia e Holambra, duas cidades do interior paulista, aplicaram respectivamente R$ 1,5 milhão e R$ 980 mil para virar sócias de Youssef.
O CT fez contato com o Igeprev, que ficou de analisar o caso para se manifestar.