Sede do Ministério Público em Palmas
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Nove pessoas, entre despachantes e servidores do Detran, foram condenados a penalidades de até nove anos de reclusão em ação penal movida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Eles integravam uma organização criminosa instalada em Araguaína e Tocantinópolis, especializada em emitir certificados de registro de veículos (CRVs) falsos para carros roubados e furtados. Com isso, conseguiam dar aparente legalidade à documentação desses bens.

A organização criminosa foi desarticulada na operação Dolos, deflagrada pelo Gaeco e pelas polícias civil e militar.

Conforme investigações que foram conduzidas pelo Gaeco, além de servir para “esquentar” veículos roubados e furtados, a documentação fraudulenta alimentava uma diversidade de ilícitos, praticados por diferentes organizações criminosas, inclusive em outros estados brasileiros. Entre esses ilícitos, estão golpes contra seguradoras, financiamentos de veículos inexistentes e aquisição de empréstimos bancários que tinham garantia baseada nos CRVs fraudados.

Os certificados de registro de veículos foram emitidos com base na inserção de dados fraudulentos no sistema do Detran Tocantins. No geral, integrantes da organização inseriam no sistema o número de chassi de veículos ainda não registrados em nenhum Detran do país, o que incluía veículos novos (pertencentes a fábricas e concessionárias) e veículos exportados para o mercado exterior.  

A sentença contra os réus é do último dia 10 e foi expedida pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína. Cabe recurso da decisão.