A desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), Ângela Prudente, proibiu o governador interino Mauro Carlesse (PHS) de exonerar servidores e fazer novas nomeações até a eleição suplementar. Além disso, Carlesse está impedido de fazer repasses de verbas aos municípios no período eleitoral.  A exceção é para as transferências constitucionais.

A Ação Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o candidato ao governo Mauro Carlesse (PHS) e o candidato a vice Wanderlei Barbosa (PHS) foi movida pela Coligação "É a vez dos Tocantinenses", do adversário e candidato a governador Vicentinho Alves (PR).

O objetivo era barrar a onda de demissões e nomeações realizadas nos últimos dias por Carlesse, para equilibrar as contas do estado.

Nos últimos dias, Carlesse anunciou medidas de contenção de gastos e readequação da folha de pagamento do Estado. A medida, para ser concretizada, dependia de demitir ao menos 8 mil servidores comissionados e contratados. Carlesse chegou a demitir quase 3 mil, mas recontratou 590, além de 60 ligados aos aliados.

Diante disso, a Coligação de Vicentinho alegou que Calesse "estava utilizando a máquina pública para se promover, cometendo diversos ilícitos eleitorais, como abuso de poder político, abuso de poder econômico e condutas vedadas aos agentes públicos."

A coligação cobrou da Justiça Eleitoral uma providência, por meio da AIJE.  Ao analisar o caso, a desembargadora Ângela Prudente atendeu parcialmente ao pedido, concedendo liminar.

"Em razão de, a princípio, ser uma gestão curta, e considerando a disputa ao cargo máximo do Poder Executivo Estadual, não obstante o Governador Interino ter de praticar os atos de gestão para o regular funcionamento da administração estadual, não pode extrapolar o estritamente necessário para tanto, sob pena de comprometer a administração futura e, dependendo da conduta, afrontar a lisura do pleito suplementar que se avizinha e a paridade de armas entre todos os candidatos." Observou a magistrada na sentença.