Senadores e lideranças religiosas reuniram-se no Senado Federal nesta quinta-feira (21) para homenagear a canonização da Santa Dulce dos Pobres, primeira santa brasileira.
A iniciativa foi da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), em reconhecimento ao importante trabalho prestado pela Irmã Dulce na Bahia e no Brasil. Maria Rita de Sousa Brito Lopes, a irmã Dulce, foi canonizada no mês passado pelo Papa Francisco, no Vaticano tornando-se assim a primeira santa brasileira.
Participaram da sessão os três senadores baianos, Jacques Wagner, Ângelo Coronel e Otto Alencar, além do senador por Roraima, Telmário Mota.
Autora do requerimento que possibilitou a sessão especial, a senadora Kátia Abreu destacou que desde muito nova Irmã Dulce já dedicava sua vida para ajudar os mais necessitados. A parlamentar lembrou que a vida da religiosa foi sempre pautada por ações de caridade e assistência aos pobres.
“Com apenas 13 anos – sob a influência da tia que ajudou a criá-la, pois ficou sem a sua mãe aos 7 anos de idade –, ela já acolhia doentes e pessoas extremamente pobres em sua casa, criando até mesmo alguns atritos com a família devido à quantidade de pessoas que já a procuravam na tenra idade. Adotou o nome de Irmã Dulce aos 19 anos em homenagem à sua falecida mãe. Foi nessa época que entrou para a vida religiosa e passou a fazer parte das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição”, contou Kátia.
Para Kátia Abreu, além dos dois milagres reconhecidos pelo Vaticano, a obstinação de Dulce para ajudar os pobres foi não só o legado como deve servir de inspiração para todos. A senadora reforçou a necessidade de construir um Brasil mais justo, com oportunidades para todos.
“De imediato temos de buscar saídas de emergência para quem vive abaixo do limiar da pobreza. São especialmente vulneráveis as crianças, os mais velhos e os doentes, que, às vezes, não encontram nem uma refeição ao dia. A qualificação dos nossos trabalhadores, o acesso à educação pública, um atendimento mais eficiente e humanizado na saúde são caminhos que precisamos trilhar para honrar o legado da Santa Irmã Dulce dos Pobres. Não basta ter a cama de hospital, não basta ter os medicamentos, não basta ter os médicos, nós precisamos humanizar, porque, às vezes, a doença não está só no físico, mas também no espiritual”, disse.
Participaram da audiência os padres do Tocantins: Jucimar, de Porto Nacional, da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês; os padres Osteval Glória e Eldiney, da cidade de Gurupi, da Paróquia Santo Antônio; e o padre Marcílio de Sousa, da Paróquia de Aparecida de Goiânia.