O deputado federal Lázaro Botelho (PP) recebeu o AN em seu gabinete em Brasília-DF e concedeu entrevista.  O parlamentar comentou sobre os principais pontos da reforma política, destacou suas emendas liberadas para o Tocantins e revelou que há um acordo com César Halum (PRB) para o senado em 2018.

Sobre a reforma política, Lázaro apontou que o modelo vigente tem suas "irregularidades". Citou como exemplo Tiririca, um artista que teve muitos votos, elegeu outros deputados de ?carona?, que receberam poucos votos.  De acordo com o parlamentar, o modelo "distritão" possibilita um "jogo limpo".

"O distritão vai corrigir essa irregularidade [eleger parlamentares de carona]. (...) Acho que é o jogo mais limpo que tem na política. Vai eleito quem tem voto.  (...) Então, o eleitor vota e espera que aquele seu candidato, se tiver maioria dos votos, que ele seja o representante. E não o outro que não teve [mais votos]".

Ele também defendeu que o financiamento de campanha seja público. Justificou que sem o financiamento das empresas, o Congresso Nacional fica mais "livre".  "Eu acho que o financiamento público é uma solução.  A pessoa não fica devendo favor para nenhum empresário.  Vai ser um parlamento mais livre", opinou Lázaro.

Lázaro reforçou ser um deputado municipalista e mencionou emendas parlamentares destinadas ao Tocantins. "Sou considerado um parlamentar municipalista.  (...) Eu procuro mandar os recursos de minhas emendas direto para os municípios. Apesar que, também, nós ajudamos o Estado".

O parlamentar afirmou que destinou R$ 14 milhões para a saúde no Tocantins, R$ 84 milhões para a área da segurança e R$ 15 milhões aos municípios para aquisição de máquinas. Lembrou também que a ponte Xambioá-São Geraldo foi uma conquista da bancada do Tocantins.

Botelho disse ainda que sempre manda recursos para Araguaína, independente de quem seja o prefeito, pois não tem adversários.  "Mandei na época da Valderez, na época do Valuar e estou mandando todo ano com o Ronaldo Dimas. (...) Não considero [Ronaldo como] adversário.  O adversário meu mesmo, que encaro, são as necessidades que vejo na cidade".

Sobre o cenário político para 2018, Lázaro pontuou que ele e Marcelo são aliados. "Nós estamos juntos. Se o Marcelo for candidato a Governador, nós não temos motivo nenhum para estarmos separados. Vamos nos manter juntos. Estamos trabalhando juntos".

Ao ser questionado se faria aliança com Kátia em 2018, Lázaro disse que nunca esteve ao lado da senadora e que a política "é dinâmica". "Não tenho nenhum problema com a Kátia".

Apesar de citar que a política é dinâmica e que não é inimigo de Kátia, Lázaro foi enfático ao dizer que disputa a reeleição.  E que fica no grupo do governador Marcelo Miranda, inclusive revelou um acordo já selado. "Vou enfrentar mais uma vez uma candidatura a deputado federal. Fizemos um acordo com César Halum, que ele vai sair candidato ao Senado".

Para Lázaro, o acordo visa preencher a lacuna de senador deixada pelo saudoso João Ribeiro, em Araguaína.  "Nós vamos fazer essa "dobradinha" [um deputado federal e um senador]. Eu acho que Araguaína toda vida teve um senador e não é agora que vai deixar de existir. O último eleito lá foi o senador João Ribeiro e esta lacuna está lá vaga. Tem tudo para o César sair candidato ao senado. Tá sendo bem visto esse acordo" finalizou.