Já são nove casos no município de Filadélfia este ano
Foto: Adapec

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) recebeu nesta quarta-feira, 10, do Lanagro que é o laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um resultado de exame confirmatório por meio do método Western Blotting, que identificou o 11º caso positivo de mormo do ano no Tocantins, em um equídeo (égua), numa propriedade rural, no município de Filadélfia, que soma nove casos só este ano.

De acordo com a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso, no dia 4 de fevereiro, a Adapec, durante uma investigação epidemiológica nas propriedades circunvizinhas a outro foco anterior, fez coleta de amostra nesse animal e encaminhou ao Lanagro, que usou o método Elisa de triagem e constatou a presença de mormo.

Exame compementar

E conforme a Instrução Normativa Federal nº 6, de 16 de janeiro de 2018, que diz que, havendo resultado de exame diferente de negativo em um animal, a amostra é submetida ao método Western Blotting, que é o teste complementar confirmatório preconizado pelo Mapa, e assim foi feito.

“E nesta quarta-feira, 10, o ministério encaminhou o resultado confirmatório positivo da amostra para o Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Agência", ressalta Isadora Mello Cardoso.

Na investigação dos vínculos epidemiológicos, a Adapec já havia feito recomendações para isolamento do animal dos demais até o resultado do exame.

E logo após ser comunicada do resultado do primeiro teste, a instituição em consonância com o Artigo 14°, da IN n° 6, tomou as seguintes providências:

Interditou a propriedade; irá determinar e acompanhar a eliminação do foco, com a eutanásia e posterior destruição da carcaça; continuará o trabalho de colheita de amostra para investigação sorológica, dará sequência nas investigação epidemiológicas, incluindo avaliação da movimentação dos equídeos do estabelecimento pelo menos nos últimos 180 dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a identificar possíveis vínculos epidemiológicos.

Além disso, já orientou o proprietário sobre as medidas a serem adotadas para descontaminação do ambiente e notificará a ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública para tomar as providências, uma vez que o Mormo é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para o ser humano.

Sem cura

A Adapec alerta que não existe vacina ou tratamento para o mormo, por essa razão o produtor rural deve realizar os exames regularmente, já que a validade é de 60 dias e também deve exigi-los ao comprar um animal e evitar que ele tenha contato direto com outros.

Caso um equídeo esteja infectado, o produtor rural deve isolá-lo e comunicar imediatamente à Adapec. No manuseio, deve ter cuidado redobrado, pois a doença pode ser transmitida ao homem, o recomendado é utilizar luvas e máscaras e evitar, ao máximo, que ele tenha contato com outros animais e humanos.

A Adapec está à disposição nas suas unidades em todo o Estado e disponibiliza ainda o 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 14 horas, para que os interessados tirem suas dúvidas e também denunciem o trânsito clandestino de animais.

Sobre o mormo

O mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos (asininos, equinos e muares). Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática), na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.