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Mesmo sem casos registrados, Araguaína reforça vigilância contra a febre amarela

Tocantins é um dos quatro estados com maiores índices de transmissão da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Vacinação é a principal prevenção.

A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, por isso outra importante medida de prevenção é elimiar os focos com água acumulada.
Foto: Marcos Filho / Secom Araguaína

No início de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela em quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. Em Araguaína, a Secretaria Municipal da Saúde ainda não registrou casos ativos da doença, mas intensificou as ações de vigilância.
 
Tayalla Lopes, superintendente da Vigilância em Saúde de Araguaína, informa que os Agentes de Controle de Endemias seguem fazendo as visitações às casas e monitorando de perto a situação.
 
“Recomendamos os comportamentos preventivos, como o uso de roupas longas e repelentes, além de solicitar que os cidadãos relatem os casos suspeitos aos nossos agentes para que possamos acompanhar de perto. E, claro, reforçamos a necessidade da vacinação como cuidado principal”, destaca a superintendente.
 
De acordo com Samila Braga, diretora de Imunização do Município, todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Araguaína possuem doses da vacina contra a febre amarela.
 
“A vacinação básica é para crianças a partir dos nove meses e com reforço aos quatro anos. E tem a dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas. O nosso foco é alcançar as populações residentes em áreas rurais, onde há maior risco de transmissão da doença”, pontua Samila.
 
A prefeitura recomenda que os cidadãos verifiquem seus cartões de vacinação para confirmar se já possuem a dose contra a febre amarela. Se não tiver, a orientação é buscar uma UBS para se vacinar.
 
Transmissão
 
A febre amarela é uma doença infecciosa considerada grave e causada por um vírus. A transmissão principal é feita por vetores e o mais conhecido deles é o mosquito Aedes aegypti, principalmente na zona urbana. Em áreas florestais, o vetor mais comum é o mosquito Haemagogus.
 
Prevenção
 
A principal medida de prevenção é a vacinação, recomendamos a atualização da caderneta de vacinação e reforçamos os cuidados com os mosquitos utilizando as mesmas medidas do combate ao Aedes: evitar acumulo de água parada, cuidados com vestuário, como uso de roupas de mangas longas e calças compridas durante o dia, e usar repelente ao viajar para áreas de risco, principalmente áreas de mata aqui no estado”, orienta Renata Mendes, diretora do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de Araguaína.
 
Sintomas
 
Os primeiros sinais da doença surgem repentinamente com febre alta, dor de cabeça, náuseas, vômito, calafrios, cansaço, dor muscular e duram cerca de três dias. A forma mais grave da febre amarela é rara e aparece após um período de dois dias sem os sintomas clássicos, podendo incluir a conhecida icterícia, que é o amarelamento da pele e dos olhos, hemorragia, cansaço intenso e insuficiências hepáticas (fígado) e renal (rins).
 
“Por isso é fundamental que o cidadão busque atendimento na UPA ou no PAI assim que os sintomas aparecerem”, reforça Tayalla.