
O Movimento Pró-BR-010 cobra do Governo Federal e Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) com destaque a construção de uma ponte no córrego Aldeia Grande em Goiatins e a conclusão de toda a rodovia, mas, em caráter de urgência diversas, melhorias pontuais em todos os trechos críticos, entre Aparecida do Rio Negro e Goiatins.
O movimento luta, desde 2012, pela conclusão completa da rodovia federal no Tocantins, mas no momento reivindica com urgência serviços relevantes em ladeiras, pontes, entre outros atendimentos, com vistas a melhorar o tráfego no segmento entre Aparecida e Goiatins.
Ponte do Aldeia Grande
Quanto à travessia no córrego Aldeia Grande no município de Goiatins, estrutura que acabou de ser interditada pelo Dnit, opôs ser motivo de protesto da população local em 14 de junho, motivada por vários acidentes com óbitos naquela ponte. As ocorrências no local se devem ao fato de a ponte ser deslocada da pavimentação da BR-010, dificultando a segurança dos motoristas.
A ponte alinhada com o asfalto nunca foi feita, e para acessar a travessia de madeira, passa-se por um trecho de chão e curva, motivo de frequentes acidentes.
Ao interditar a ponte, o superintendente do Dnit, Luiz Antônio, garantiu que uma nova travessia será feita em tempo recorde.
Resta saber se a nova ponte será feita no segmento do asfalto e não mais no ponto dos acidentes. O Pró-BR-010 cobra ao órgão federal e ao superintendente no Tocantins, que a nova estrutura seja feita no ponto que liga as duas pontas da pavimentação.
“A manifestação do dia 14 de junho foi encerrada com um coro forte e uníssono:
“CHEGA DE ESPERAR, PONTE NOVA JÁ!”
A comunidade agora aguarda resposta das autoridades competentes, exigindo não apenas promessas, mas ações reais e urgentes: a pavimentação do trecho e a construção de uma nova ponte, segura e digna.
O apelo é simples e humano — que mais vidas não se percam por negligência”, trecho da matéria do site Gazeta do Cerrado.
BR-010
A BR-010 teve sua construção paralisada entre o final de 2007 e início de 2008, e desde então os serviços de construção não retornaram mais. E somente em 2014 o Dnit deu início a uma manutenção que prossegue até hoje. Contudo, a comunidade por onde a via está inconclusa sofre com a paralisação e com pontos quase inacessíveis da BR, e clamam pelo retorno das obras.
Moradores da região frequentemente registram os problemas e postam nas redes sociais, com o objetivo de tentar sensibilizar as autoridades, sobre o retorno da construção ou no mínimo a urgência dos consertos dos defeitos atuais da via terrestre.
Serviços pontuais
Além da manutenção rotineira, como patrolamento e encascalhamento, o movimento cobra – enquanto não tem a construção definitiva – serviços, tais como:
1º - Realização de serviços mais sólidos e melhor estruturados nas ladeiras do Bigode e da Fazenda Ocidente em Rio Sono, de modo a evitar erosões e pistas escorregadias e permitir a subida de caminhões com cargas pesadas;
2º - Reconstrução em concreto das pontes localizadas na fazenda Ocidente e na fazenda Barrinha, em Rio Sono;
3º - Adequação do trevo da BR-010 – entrada para a zona urbana de Rio Sono, pois o formato errado do cruzamento tem provocado vários acidentes fatais;
4º - Sinalizações em todos os pontos de riscos, como ladeiras, curvas perigosas e travessias de riachos e rios;
5º - Substituição de todas as pontes de madeira e de concreto em situação precárias, por estrutura de cimento, entre o município de Itacajá e o de Goiatins, tais como as travessias dos córregos Tauá e Aldeia Grande, pontes estas com alerta do Dnit para carga máxima de 14 toneladas, impedindo o transporte da produção da região;
6º - Reconstrução da ponte do rio Manoel Alves Pequeno na zona urbana de Itacajá, já que o acesso é antigo e estreito, o que impede a travessia de veículos nos dois sentidos ao mesmo tempo.
As solicitações pontuadas acima, fazem parte de um documento entregue recentemente na sede do Dnit em Palmas.
Cobranças às autoridades estaduais
O Movimento Pró-BR-010 reconhece apoios das autoridades políticas do Estado em alguns momentos de luta pelo retorno da edificação da estrada, mas tem o sentimento de que algo mais deveria ser feito pelas autoridades tocantinenses.
É consenso no movimento de que o governador, a bancada estadual e a federal, os prefeitos e vereadores dos municípios que esperam pala BR-010, poderiam fazer muito mais pela conclusão da rodovia federal.
No entender do movimento, se a BR-010 estivesse concluída, o fluxo sobre a BR-153 seria bem menor, e possivelmente a ponte sobre o rio Tocantins, em Estreito (MA), não teria caído.
Entretanto, mesmo se a tragédia tivesse ocorrido, a 010 estaria servindo como rota alternativa, evitando o desgaste das rodovias estaduais da região de Estreito e Aguarnópolis.