O Ministério Público Estadual (MPE) protocolou nesta quinta-feira, 08, pedido para que a Justiça encaminhe à Polícia Federal o mandado de prisão expedido, há dois meses, contra o empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira (Duda), ex-presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindposto). A finalidade é que o nome dele seja incluído no Instituto Difusão Vermelha, ou seja, no sistema informático da Interpol, como foragido internacional.
Duda é acusado de ser o mandante do assassinato do também empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, de 77 anos, conhecido como "Wencim".
O Promotor de Justiça Abel Andrade alega que há uma grande possibilidade de o empresário estar fora do país, mais precisamente no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, local para onde viaja frequentemente e no qual esteve poucos dias antes do decreto da prisão. Há rumores também de vínculos empresariais de Duda naquele país.
Mesmo foragido desde o mês de abril, o acusado ingressou com Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Tocantins, tendo sida negada a liminar por decisão do Desembargador Ronaldo Eurípedes. O mérito do pedido de Habeas Corpus deve ser apreciado pelo Tribunal de Justiça na próxima semana. "Ministério Público e os familiares da vítima aguardam a confirmação da decisão liminar e a consequente manutenção do decreto de prisão do acusado, prestigiando a decisão do juiz de direito de Porto nacional", salientou o Promotor de Justiça.
Mandado de PrisãoO Mandado de Prisão Preventiva de Duda Pereira foi expedido no dia 10 de abril pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessando Hofman Mendes. O pedido de prisão apresentado pelo MPE foi motivado pelo fato de que o acusado teria tentado criar obstáculos à elucidação dos fatos, ao tentar intimidar e aliciar uma testemunha ocular do crime de assassinato. Duas pessoas que se identificaram como mensageiras do suposto mandante do crime procuraram a testemunha, a fim de convencê-la a mudar o depoimento prestado à Polícia Civil, inclusive oferecendo dinheiro para que alterasse sua versão dos fatos.
A abordagem dos emissários do empresário à testemunha foi gravada em áudio e apresentada pelo Ministério Público à Justiça, como prova. Um desses mensageiros é Sandro Alex Cardoso de Oliveira, que foi arrolado por Eduardo Pereira no processo por crime de homicídio, na condição de testemunha de defesa. A outra mensageira é a esposa de Sandro Alex Cardoso, conhecida como Selene.
Também com intenção de dificultar a elucidação dos fatos, o suposto mandante estaria agindo para tentar imputar a autoria do crime de homicídio a outra pessoa.