
O Dia das Mães é um momento para celebrarmos o amor, o cuidado e a força das mulheres que dedicam suas vidas a seus filhos. Mas, para além da comemoração, este dia também serve como um lembrete da luta incessante das mães pelos direitos das crianças e adolescentes.
Em um cenário onde a proteção da infância e da adolescência se torna cada vez mais crucial, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) se ergue como um pilar fundamental na defesa dos direitos destas mães e seus filhos, seja buscando vagas em creches, lutando por matrículas em escolas públicas, cobrando atendimento médico adequado ou denunciando situações de violência e negligência.
São mães como Gisele Martins, que procurou a 19ª Promotoria de Justiça porque o filho recém-nascido precisa de uma cirurgia pediátrica. Nesta terça-feira, 07, a Justiça atendeu ao pedido liminar em Ação Civil Pública ajuizada pela promotoria e determinou que o Estado providencie a cirurgia pediátrica do bebê, no prazo de 48 horas, devido ao alto risco de sequelas permanentes que podem ser causadas pela intubação prolongada da criança.
A história de Gisele é apenas um exemplo dos inúmeros casos que o MPTO recebe diariamente. Em Palmas, a referida promotoria, que tem atuação na área da saúde, instaurou, só este ano, outros 17 procedimentos após as mães buscarem o Ministério Público para a resolução de demandas.
Educação
Na área da educação, o cenário se repete: 90% dos procedimentos foram instaurados porque uma mãe buscou garantir o direito de uma criança ou adolescente ao acesso e permanência na educação com qualidade. Dados da Promotoria Regional da Educação, em Palmas, apontam que em um ano (de 31 de outubro de 2022 a 31 de outubro de 2023) mais de 170 procedimentos foram instaurados, buscando garantir direitos como acesso à educação pré-escolar, educação inclusiva, acessibilidade entre outros.
No mesmo período, a Ouvidoria do MPTO encaminhou à Promotoria da Educação mais de 150 manifestações.
Amanda Menezes é uma dessas mães. Ela tem dois filhos com necessidades especiais e esteve no Ministério Público, no último mês de março, relatando que não conseguia transferir o filho mais novo para uma creche próxima de sua casa. O filho tem síndrome de Down e a lei garante à criança o direito de estudar perto de sua residência.
Esta é a segunda vez que ela procura o MPTO. Na primeira, foi para garantir o acesso da criança à vaga em uma creche pública. E ela continuará buscando tratamento justo e igualitário sempre que achar que seus filhos foram negligenciados, porque, para ela, a busca dos direitos dos filhos é parte da missão de ser mãe.
“A gente tem que lutar para garantir condições de existência para essa criança, dar os cuidados que elas necessitam. Isso é ser mãe. É estar junto com eles a todo momento, a todo instante”, disse.
Apoio jurídico e social
Em todos estes casos, o Ministério Público está ao lado das mães, travando batalhas diárias para garantir os direitos básicos de crianças e adolescentes. Para isso, o MPTO conta com promotorias especializadas em infância e juventude, educação, saúde, oferecendo às mães o apoio jurídico e social necessário para que elas possam reivindicar os direitos de seus filhos.
Na área criminal e de família e sucessões, a instituição colabora permanentemente com mães em casos que envolvem violência ou abuso infantil, custódia, pensão alimentícia, entre outros.
Ao longo do ano, além da atuação judicial, o MP desenvolve ações para fortalecer a rede de proteção à criança e ao adolescente, promovendo campanhas de conscientização, realizando palestras e oficinas para mães e famílias, e atuando em conjunto com outros órgãos públicos e entidades da sociedade civil.
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