O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Araguaína, apresentou à Justiça, na quinta-feira (15), denúncia contra Alailson Sousa Lima pelo homicídio de Kaique Barros de Abreu.
O crime ocorreu em março deste ano, quando o acusado perseguiu a vítima em um pátio de oficinas, na cidade de Araguaína, e efetuou diversos disparos com uma arma de fogo de uso restrito. Kaique foi socorrido e permaneceu internado por cerca de um mês, falecendo em 5 de abril de 2025, em decorrência dos ferimentos.
Na denúncia, o MPTO requer a condenação de Alailson por homicídio doloso, com as qualificadoras de motivo fútil, recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido, uma vez que foi utilizada uma pistola 9 milímetros, irregular e sem registro em nome do acusado. Esse tipo de armamento é de uso exclusivo das Forças Armadas, das polícias e de civis devidamente registrados e fiscalizados.
Além disso, o MPTO requer a aplicação de indenização mínima de R$ 10 mil à família da vítima. Caso a denúncia seja aceita, Alailson passará à condição de réu e poderá ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Contexto do crime
Segundo a denúncia, em 7 de março, Alailson Sousa Lima e Kaique Barros de Abreu se envolveram em uma discussão numa rua próxima a um pátio de oficinas, no Setor Nova Araguaína, devido a uma manobra realizada por Kaique na condução de um caminhão, que supostamente teria fechado o veículo em que Alailson se encontrava.
Após deixar sua esposa e filhos em casa, no mesmo dia, o acusado retornou ao local da discussão portando uma arma de fogo. Por volta das 13h20, ele se dirigiu ao pátio de oficinas e surpreendeu a vítima. No momento, Alailson efetuou diversos disparos contra Kaique, dificultando qualquer possibilidade de defesa. Câmeras de segurança registraram as imagens do crime.
Imediatamente após o ataque, Alailson fugiu do local. A vítima foi socorrida e internada em um hospital para tratamento, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo após 29 dias de internação.
