
Marinez Moraes da Silva, de 38 anos, que ficou conhecida em Araguaína após ser acusada de matar cães para se alimentar, vai passar por um processo que deve apurar a sanidade mental dela. A decisão é do juiz Antônio Dantas de Oliveira, da 2ª Vara Criminal e Execuções Penais de Araguaína
Em fevereiro deste ano, Marinez foi flagrada em um imóvel abandonado no Setor Vila Nova, onde matava cães para se alimentar. No local a polícia encontrou oito cães adultos e dois filhos, além de várias peles estendidas em varal. No mês de abril, ela foi acusada pelo Ministério Público de praticar abuso e maus-tratos contra cães, de forma majorada.
Durante a primeira audiência do processo penal, ocorrida nesta quinta-feira (13), o Defensor Público Sandro Ferreira Pinto pediu a realização do exame de insanidade mental da mulher. O promotor Airton Amilcar Machado Momo, presente na audiência, também se manifestou favorável.
Previsto nos artigos 149 a 154 do Código de Processo Penal (CPP), o incidente de insanidade mental é instaurado sempre que houver dúvida sobre a saúde mental do acusado e para verificar se, à época dos atos, ele era ou não inimputável. (Inimputável é o termo que nomeia uma pessoa que, por doença psíquica ou retardo mental, não pode ser punida de acordo com o processo de execução penal).
Marinez participou da audiência de forma virtual. Ela segue em tratamento e acompanhamento psicológico. Durante o dia ela participa de tratamentos no CAPS. Já a noite fica recolhida na Residência Terapêutica de Araguaína.
Agora, com a decisão do juiz, a ação criminal contra Marinez foi suspensa e foi dado prazo de 45 dias para conclusão do exame. O juiz designou como perito do caso o psiquiatra Marcos Vinícius Xavier de Oliveira, do IML de Araguaína.