Governador Marcelo Miranda

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia criminal contra o governador Marcelo Miranda (MDB) e outras sete pessoas, entre elas o pai e o irmão do político. A denúncia foi feita no início do mês e nesta quinta-feira (12) foi publicada uma decisão do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça, determinando abertura de outros sete inquéritos para investigar mais crimes envolvendo o governador e a família.

O teor da denúncia ainda não foi divulgado pela Justiça. Porém, as acusações estão ligadas a operação Reis do Gado, da Polícia Federal, que investiga fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

O governador Marcelo Miranda, o pai dele, José Edmar Brito Miranda, e o irmão dele, José Edmar Brito Miranda Júnior foram denunciados por associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além deles, empreiteiros e pessoas ligadas ao grupo também foram denunciados.

O advogado Jair Alves Pereira, que representa a família Miranda no processo da Operação Reis do Gado, informou que está analisando o teor da decisão e posteriormente vai se manifestar sobre o caso.

Reis do Gado

A operação Reis do Gado foi deflagrada em 2016 e apurou que o suposto esquema de fraudes em licitações públicas envolvia empresas de familiares e pessoas de confiança do governador. Os crimes teriam acontecido entre 2005 e 2012, segundo a PF. Foram identificados pelo menos R$ 200 milhões efetivamente lavados.

Na decisão desta quinta-feira (12), o ministro Mauro Campbell não se manifestou sobre as denúncias feitas pelo MPF no início do mês, mas deu prazo para os advogados de defesa se manifestarem.

Além disso, determinou que sete novos inquéritos fossem abertos imediatamente para apurar outras suspeitas de crimes. Entre elas, uma viagem oficial do secretário Brito Miranda pela Europa com toda a família.

Entre as práticas que ainda serão investigadas estão:

Possível corrupção e lavagem de dinheiro em negociações com aviões;

Lavagem de dinheiro envolvendo empreiteiras;

Lavagem de ativos em contratos e doações eleitorais ilegais envolvendo construtoras;

Fraude em licitações, corrupção e lavagem de capitais apurados na Operação Convergência;

Lavagem de dinheiro na compra de veículos e fazendas;

Viagem oficial do secretário Brito Miranda pela Europa com a família.

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