Completando 27 anos nesta sexta-feira, 20 de maio, a história de Palmas e das pessoas que decidiram aqui morar se entrelaçam por meio do trabalho, do sonho de uma vida nova e da solidariedade. Com o objetivo de prestar sua homenagem à capital mais nova do Brasil, a Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas) destaca algumas dessas histórias de pioneiros que escolheram a cidade como seu novo lar. 

A construção de Palmas começou em 1989, com o lançamento da Pedra Fundamental, localizada na Praça dos Girassóis. Apenas dois anos depois, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) do Tocantins começou a ganhar forma por meio da criação da então Coordenação do Sistema Nacional de Emprego, Renda e Mão de Obra. Foi lá que a servidora Luzia Ferreira começou também a escrever sua história junto com a história de Palmas. 

“Chegamos aqui em 92 e, em 1994, eu passei no concurso do Estado e não saí mais daqui. O Sine era ligado à Secretaria de Estado e atendíamos poucas pessoas por mês, era muito pouco”, comentou a servidora do Sine que está prestes a se aposentar. Assim como Palmas, o Sine também mudou bastante ao longo dos anos. Somente de 2005 a 2016 foram ofertadas mais de 237 mil vagas de emprego no Sine de Palmas, um número que Luzia não poderia nem imaginar a época. 

Para ela, a escolha de ficar em Palmas foi acertada, mesmo com todas as dificuldades do início. “Fomos aprendendo juntos a trabalhar, batalhamos, vencemos poeira, falta de luz e construímos uma família. Tenho dois filhos formados aqui e não pretendo me mudar, valeu muito à pena”, analisou. 

Vindos de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Maria José Balbaki e o esposo chegaram a Palmas em 1990, buscando um lugar novo. “Viemos com a cara e a coragem, sem emprego”, contou. Depois de estabilizados, o casal abriu uma loja que está em funcionamento há 24 anos e já teve funcionários empregados, por intermediação do Sine. “Já chegamos a ter até dois funcionários que contratamos através do Sine, mas desde 2010, optei por ficar sozinha na loja. Este lugar é abençoado e não troco por lugar nenhum”, disse revelando sua paixão pela capital. 

A solidariedade também é características do povo que escolheu Palmas como cidade do coração. Exemplo disso são os alunos do Projeto de Inclusão Produtiva Apoiando e Acreditando nas Famílias do Tocantins (AAFETO) que após aprenderem um novo ofício por meio do curso, trabalham como voluntários em ações do Projeto. “O objetivo do Projeto é gerar a renda, mas ao longo dos anos, percebemos que o trabalho tem desenvolvido este lado solidário nas nossas alunas e instrutoras, que passaram a participar como voluntárias em oficinas em hospitais e igrejas, por exemplo”, analisou a instrutora Maria Aparecida Cavalcante, que mora em Palmas há 14 anos. 

A gestora da Setas, Patrícia Amaral, destacou que a história do Sine e AAFETO estão presentes há anos na vida de todos os palmenses. “À medida que a cidade envelhece, a equipe da Setas acompanha essa maturidade com mais ações, mais ofertas de emprego e mais discussões em torno das políticas públicas da assistência social”, comentou.