Fernando Almeida

A precariedade da saúde em Araguaína não se restringe apenas ao atendimento no Hospital Regional de Araguaína. O sistema elétrico tanto da unidade hospitalar quanto do Hemocentro não suporta mais a demanda de consumo e beira o colapso.

Para evitar a pane elétrica, já foram tomadas medidas preventivas no período de maior consumo e também calor. Segundo denunciado ao AN, desde o último dia 06 de agosto, os ares-condicionados são desligados à tarde, das 13 às 17 horas.  Isso por causa da sobrecarga na rede elétrica. “Os dois prédios [HRA e Hemocentro] são interligados na mesma rede de energia, com isso corre o risco de pegar fogo,” diz trecho da denúncia.

Temperatura ambiente

Em ambos os prédios, somente nas salas e/ou departamentos essenciais os aparelhos ficam ligados no período da tarde.  Nas salas sem ar-condicionado ligado, mesmo em funcionamento, o termômetro chega aos 40º C, conforme relato da denúncia.  

Outro problema é o gerador de energia, que atende a demanda dos dois prédios. A geração de energia do equipamento não é suficiente para substituir uma eventual falta de energia da concessionária (Energisa).   

Problema antigo

As deficiências do sistema elétrico são antigas e se arrastam há mais de três anos. Em março de 2012, um curto- circuito no quadro geral de energia deixou o Hemocentro por três horas e meia sem energia.  Na época, ainda houve o extravio de plaquetas de sangue e colocou em risco todo o estoque.

Resposta da Sesau

Em nota ao AN,  a Sesau admitiu que devido ao tempo de construção dos dois prédios e da grande quantidade de aparelhos e equipamentos instalados no hospital, o sistema elétrico, por vezes, apresenta falhas. E ressaltou que  serão solucionadas com a instalação de novo transformador de maior potência.

A Sesau não deu prazo para que o problema seja solucionado, mas adiantou que já está em fase final o novo projeto elétrico do prédio e a entrega do pedido de autorização para a adequação do sistema elétrico à concessionária de energia elétrica.