Crime ocorreu em 2019, quando o PM ajudava uma vítima de roubo e foi alvo de disparos

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR - Araguaína), concluiu o inquérito policial que investigava um crime de roubo seguido de tentativa de homicídio contra um policial militar em Araguaína. O relatório foi encaminhado à 1ª Vara Criminal da Comarca local e resultou no indiciamento de um homem identificado pelas iniciais A.R.B., por tentativa de latrocínio e de uma mulher, identificada pelas iniciais J.A.S.S., por receptação.

O crime ocorreu em novembro de 2019, em Araguaína. A vítima aguardava a abertura do portão de sua residência quando foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. Armado, um dos suspeitos desceu do veículo e, sob grave ameaça, exigiu que ela entregasse seu celular e sua bolsa com documentos e pertences pessoais. Após o crime, os assaltantes fugiram.

Logo após o roubo, a vítima buscou ajuda do sogro, um policial militar, que estava de folga. Juntos, passaram a procurar os suspeitos em um veículo de modelo Nissan Versa. Minutos depois, localizaram os indivíduos com características semelhantes às descritas pela vítima. No momento em que tentavam confirmar a identidade dos suspeitos, o policial foi surpreendido por disparos de arma de fogo. Um dos tiros atingiu a porta do motorista do carro. Diante da injusta agressão, ele revidou, entretanto os criminosos conseguiram escapar.

Investigações

As investigações reuniram uma série de evidências que levaram ao indiciamento dos envolvidos. Tanto a vítima quanto o policial militar reconheceram os indivíduos como os autores do crime. O laudo pericial confirmou a presença de marcas de tiros no veículo do policial, e a análise fotográfica permitiu a identificação dos suspeitos. Além disso, os mesmos indivíduos foram presos na mesma noite por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Durante o inquérito, a Polícia Civil também descobriu que o celular roubado foi utilizado quatro dias após o crime por J.A.S.S. Ela afirmou ter adquirido o aparelho por meio de uma negociação on-line e alegou não saber que o item era roubado. No entanto, as diligências não conseguiram localizar a suposta vendedora, levando ao seu indiciamento por receptação.

O delegado responsável pelo caso, Fellipe Crivelaro, destacou o trabalho minucioso da equipe policial e a importância do inquérito para a responsabilização dos envolvidos.

“O inquérito reuniu provas robustas que apontam a autoria do crime, permitindo o indiciamento adequado dos suspeitos. O trabalho realizado pela equipe foi fundamental para a elucidação desse caso, que envolveu não apenas o roubo, mas também uma tentativa de homicídio. A investigação reforça o compromisso da Polícia Civil em combater a criminalidade e garantir que ações violentas como essa não fiquem impunes, demonstrando nosso empenho em garantir a segurança da população”, afirma.