Ação Policial

PC prende corretor que esfaqueou cliente em escritório de advocacia após anulação de contrato em Palmas

Crime foi motivado por desentendimento envolvendo distrato de contrato de venda de fazenda

Homem foi indiciado por meio de investigações da 36ª DP
Foto: Dicom SSP-TO

Nesta quarta-feira (18), a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra um corretor de 54 anos, identificado pelas iniciais G.P.S.A. Ele é investigado por tentativa de homicídio qualificado. 
O crime ocorreu em 25 de março deste ano, durante uma reunião em um escritório de advocacia em Palmas, onde o corretor atacou um cliente com um canivete.


Segundo investigações da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP), o ataque aconteceu durante a formalização cancelamento de um contrato de venda de imóvel rural. 
A vítima, C.E.R.B., acompanhava a esposa no escritório quando G.P.S.A. reagiu violentamente à anulação do negócio, que impediria o pagamento de sua comissão. Ele desferiu dois golpes contra C.E.R.B., causando ferimentos graves que exigiram atendimento médico urgente. 


As câmeras de segurança registraram o ataque e a tentativa de fuga do acusado, contida por advogados presentes.

O delegado responsável pelo caso, Eduardo Menezes, destacou o perfil perigoso do investigado e a necessidade da prisão preventiva. 

“As investigações mostraram que o autor mantinha uma postura agressiva e intimidatória, proferindo ameaças com frequência, inclusive dizendo que mataria quem lhe devia e que no Tocantins não havia lei, pois quem mandava era ele. Esse tipo de conduta revela um total desprezo pelas instituições e reforça a necessidade da prisão preventiva como medida de proteção à sociedade”.

Ainda de acordo com o delegado, o corretor tem histórico criminal com registros de falsidade ideológica, corrupção, porte ilegal de arma e lesões corporais – em vários casos usando armas brancas. Sobre a decisão da prisão, o delegado reforçou. 

“Trata-se de um indivíduo com histórico de condutas violentas, que age movido por interesses financeiros e demonstra absoluto desrespeito aos limites legais. A prisão é necessária para resguardar a sociedade e assegurar a continuidade das investigações com segurança”.

A operação foi batizada de Opto (termo em latim para "anulação"), em referência ao distrato que motivou o crime. O acusado foi encaminhado à Unidade Prisional de Palmas, onde está à disposição da Justiça.