Redação/Araguaína Notícias
A Polícia Federal cumpriu uma nova fase da Operação Pronto Socorro na manhã desta quarta-feira (20). Deflagrada em dezembro de 2014, a primeira fase teve como objetivo reprimir os crimes de fraude à licitação e desvio de recursos públicos no âmbito da Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins – SESAU/TO.
De acordo com a Polícia Federal, essa nova fase é fruto do desdobramento das investigações realizadas segundo a análise dos dados obtidos a partir da quebra do sigilo bancário de empresas envolvidas no esquema criminoso, requeridas pelo Ministério Público Federal em Palmas.
Estão sendo cumpridos 11 Mandados de Busca e Apreensão, sendo 10 na capital e 1 em Divinópolis/TO, expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins em desfavor de 5 empresas, além de pessoas físicas envolvidas no esquema delituoso. Participam da operação 43 policiais federais.
Sobre a operação
A Operação Pronto Socorro investiga as fraudes em licitações de compra de materiais hospitalares. Conforme as investigações, evidências indicam que servidores da saúde se associaram criminosamente para fraudar licitação, favorecendo a empresa contratada com prejuízo aos cofres públicos por meio de aquisição de materiais hospitalares inservíveis.
A primeira fase foi deflagrada com a prisão da ex-secretária de estado da Saúde Vanda, solta oito dias depois com pagamento de uma fiança de R$ 72.400 mil, em dezembro de 2014.
Na época, além de Vanda foram presos o secretário-executivo de Saúde do Estado, José Gastão Almada Neder, a assessora jurídica da Sesau Maria Lenice Freire de Abreu Costa, o pregoeiro e membro da Comissão Permanente de Licitação da secretaria Rodolfo Alves dos Santos e o empresário Samuel Brito Neto.
Em um dos casos de licitação para compra de materiais hospitalares, foi possível a empresa Brito & Ribeiro Ltda fornecer material de TNT e não de algodão. Conforme o Ministério Público Federal, o valor apenas dos itens vencidos pela Brito & Ribeiro Ltda estava calculado em R$1.907.269,52, dos quais R$927.548,71 já haviam sido pagos.
Leia+
Justiça Federal pede a prisão de Vanda Paiva, do atual Sec. de Saúde, empresários e cúpula da Sesau