Ação Policial

PF mobiliza 200 policiais em nova fase da operação contra fraude em cestas básicas durante a pandemia no TO

Conforme a PF, as investigações apontam fortes indícios de um esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2020 e 2021.

Avião da Polícia Federal no aeroporto de Palmas durante nova fase da Operação Fames-19
Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (3/09) a segunda fase da Operação Fames-19, que investiga um suposto esquema milionário de desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas e frangos congelados durante a pandemia de Covid-19 no Tocantins.

Mais de 200 policiais federais foram mobilizados para cumprir 51 mandados de busca e apreensão em Palmas, Araguaína, Distrito Federal, Paraíba e Maranhão. No Tocantins, os alvos incluem órgãos públicos e residências ligadas a políticos e agentes públicos.

De acordo com a PF, as apurações, que tramitam sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça, apontam fortes indícios de fraude em contratos firmados entre 2020 e 2021, período marcado pelo estado de emergência em saúde pública. A suspeita é de que emendas parlamentares tenham sido usadas para favorecer empresas contratadas de forma irregular.

Prejuízo milionário

Segundo a investigação, foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos.

A PF informou ainda que o dinheiro desviado teria sido ocultado por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais de pessoas envolvidas no esquema.

Denúncias

A PF colocou à disposição o e-mail delecor.drcor.srto@pf.gov.br e o WhatsApp (63) 3236-5512 para recebimento de informações relacionadas ao caso. O serviço de plantão da Superintendência Regional no Tocantins, em Palmas, também pode ser acionado por cidadãos que desejarem colaborar.

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Operação Fames-19

O foco da operação é descobrir se houve desvio de dinheiro na contratação de empresas que forneceram e transportaram cestas básicas para pessoas em vulnerabilidade social durante o período pandêmico.

Na época, as contratações foram feitas pela Secretaria de Trabalho e Ação Social (Setas) sem licitação, já que estava em vigor um decreto estadual liberando esse tipo de burocracia para executar de forma mais rápida serviços à população.

Caminhões com cestas básicas entregues durante a pandemia — Foto: Setas/Governo do Tocantins