Dos quatro presos acusados de envolvimento na morte do advogado Danillo Sandes, três serão levados à júri popular. O farmacêutico Robson Barbosa da Costa e os policiais militares do Estado do Pará, Wanderson Silva de Sousa e João Oliveira Santos vão sentar no banco dos réus. A decisão é do juiz Francisco Vieira Filho, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, proferida nesta terça-feira (6).

O juiz também impronunciou o quarto acusado, o PM do Pará Rony Macedo Alves, por entender que não há nos autos do processo indícios suficientes quanto à participação dele no crime. O magistrado revogou a prisão de Rone, determinando a expedição de alvará de soltura. Ele foi apontado na investigação como mentor do plano que culminou na morte do advogado Danilo.

Ainda não há definição de quando deve ocorrer o julgamento dos acusados pelo Tribunal do Júri. Assim, foi mantida a prisão preventiva dos outros três acusados. Robson, Wanderson e João Oliveira responderão por homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Segundo a investigação, o PM Rone Marcelo Alves de Paiva é apontado como o mentor do plano e Wanderson Silva de Sousa (ex-militar) seria o motorista.  Já o militar João Oliveira dos Santos Júnior é acusado de efetuar os dois tiros na nuca da vítima.  O  farmacêutico Robson é acusado de ser o mandante do crime e agenciador do grupo de extermínio que ceifou a vida de Danilo.

O farmacêutico ainda responderá por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e restrito. A Polícia Civil encontrou um arsenal na residência do acusado no estado do Pará, no dia 28 de agosto de 2017. A Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins e própria mãe de Danilo auxiliaram a acusação.

Relembre

O advogado Danilo Sandes, 30 anos, desapareceu no dia 25 de julho de 2017, e o corpo foi encontrado quatro dias depois, às margens da TO-222. Ele foi executado com dois tiros na nuca e o corpo foi deixado num local a céu aberto.

O farmacêutico Robson Batista teria encomendado crime motivado por um inventário de uma herança de R$ 7 milhões, na qual queria ganhar vantagem sobre os demais herdeiros. A investigação do caso foi realizada pelos delegados José Rérisson Macedo e Guilherme Torres, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Araguaína (DHPP).

Segundo o MPE, o farmacêutico pagou R$ 40 mil, em duas parcelas, ao grupo de extermínio formado por militares para planejar e executar o crime. Os três PMs estão presos  no Quartel da PM em Palmas e Robson na Casa de Prisão Provisória de Araguaína-CPPA.

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