
A Polícia Federal apreendeu, nesta quinta-feira (24), R$ 55 mil no escritório de uma organização social de Goiás durante uma operação que investiga desvio de R$ 7 milhões da Secretaria da Saúde de Araguaína, no Tocantins. Os agentes também apreenderam documentos na sede da empresa, em Goiânia.
O Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) informou, em nota, que aguarda mais detalhes da operação para um posicionamento definitivo. De antemão, "ressalta que a gestão do instituto tem como princípio a busca pela excelência" e "sempre prezou pela ética" .
Por sua vez, a Secretaria da Saúde de Araguaína afirmou, em nota, que, dentro do período de trabalho do instituto, todos os serviços foram prestados e com a população sendo devidamente atendida. O órgão informou ainda que os esclarecimentos e documentos sobre a realização efetiva destes serviços estão sendo entregues às autoridades (veja abaixo o posicionamento na íntegra).
Batizada de Operação Dejavu, a ação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em hospitais e escritórios no Tocantins, Goiás e Distrito Federal.
Investigação
Em contrato firmado com Prefeitura de Araguaína, até abril de 2018, o IBGH era responsável por cerca de 390 funcionários e pelos serviços de saúde ofertados em três unidades: Hospital Municipal (HMA); Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Anatólio Dias Carneiro; e Ambulatório de Especialidades Médicas.
O contrato previa pagamentos mensais de R$ 2,3 milhões, recursos federais repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS). Segundo a Polícia Federal, após vencer as licitações, a OS passava a contratar de forma direta, sem concorrência, empresas ligadas a seus gestores.