Fernando Almeida 

O recente anúncio do secretário de Estado da Defesa Social do Tocantins, Nilomar Farias, que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já liberou R$ 15 milhões para a construção de mais um presídio em Araguaína tem causado discussões.  O prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas é categórico em dizer que não vai admitir mais uma unidade penal na cidade.  Já o presidente da Câmara, Marcus Marcelo, defende uma discussão mais ampla sobre o tema.

 Posicionamento do prefeito 

Nesta sexta-feira, 14, ao Araguaína Notícias, o prefeito Ronaldo Dimas afirmou ser contrário a instalação do novo presídio ao lado do já existente,  Barra da Grota.  “Mantenho meu posicionamento pessoal e da Prefeitura. Nós não vamos admitir novos presídios em Araguaína. Toda obra do Governo do Estado é bem vinda, menos presídio. O presídio que temos já é mais do que suficiente e provocou um monte de problemas na nossa cidade. Existem outros locais mais isolados, em outra região, para construírem esse novo presídio”.

Posiconamento do presidnete da Câmara 

O presidente da Câmara, vereador Marcus Marcelo, afirmou estar de certa maneira em concordância com a opinião de Ronaldo Dimas sobre a vinda de mais um presídio. No entanto, Marcelo ponderou que precisa haver uma discussão mais ampla.  “Precisa ser avaliado bem o local de ser implantando. Tem que sentar o prefeito e o governo para discutir o local.” Ele ainda criticou a localização do Barra da Grota, por está numa região produtiva e também povoada. “Um presídio tem que estar numa área mais isolada,” opinou.

Ainda segundo Marcelo, a Câmara Municipal ainda não recebeu nenhum comunicado oficial em relação ao assunto. A doação da área para instalação da unidade penal tem que ser aprovada pelos vereadores.

Recuso já liberado 

De acordo  o  secretário de Estado da Defesa Social do Tocantins, Nilomar Farias, já foram liberados R$ 15 milhões para a construção de mais uma unidade que será erguida próximo ao Presídio Barra da Grota, no Setor Barra da Grota. Com isso serão mais 603 vagas para a “ressocialização” dos presos, totalizando cerca de 1.200 vagas só em Araguaína.

Os "beneficios" 

Durante a inauguração da Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA), em dezembro de 2013, o secretário defendeu que a construção de um novo presídio em Araguaína, será importante para a Região Norte do estado, no sentido de resolver a falta de vagas das unidades prisionais no regime provisório, pelo período de um ano e meio a dois.  “O sucesso dessa empreitada vai ser a tranquilidade de toda essa região de Araguaína. Seiscentos e três vagas para presos provisórios aqui, num prédio com estrutura nova, vai nos dar uma condição  melhor de desenvolver um trabalho dentro do sistema prisional,” afirmou Nilomar, na época.