Fernando Almeida

Durante reunião na Aciara, na manhã desta quinta (11) o presidente dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg), Dearley Kuhn, fez duras críticas à segurança em Araguaína.  Ele acredita que os dados sobre a redução da violência são maquiados, tem a impressão de que as autoridades não estão fazendo nada e cobrou medidas eficazes.

Dados maquiados

Eu acho que os dados estão sendo maquiados. Maquiados no sentido de que nós temos todos os dias na (Aciara) reclamações de empresários, comerciantes, que estão sendo assaltados. E não conseguem fazer o seu registro junto às delegacias (Polícia Civil), os B.Os. Então, infelizmente, a Polícia  não está tendo as informações corretas em relação aos furtos e assaltos a mão armada,” opinou o presidente do Conseg.

Onda de insegurança

Ainda em entrevista, Dearley exigiu das autoridades uma resposta. “Nós precisamos tomar uma medida urgente com relação a segurança pública de Araguaína. Nós estamos vendo aí assalto a mão armada, estupro, assalto em residências, roubos de carro. Nós precisamos alguma medida urgente na forma de que o cidadão se sinta seguro. Hoje está uma onda de insegurança na cidade e nós precisamos tomar uma medida urgente.”

Críticas a gestão Dimas

Ele também não poupou criticas, indiretas, à gestão do prefeito Ronaldo Dimas.. “Seria importante que o município investisse na área esportiva, trouxesse o jovem da rua para os centros comunitários, para as escolas e fazer uma trabalho esportivo com esses jovens. Não está tendo um trabalho com os jovens, com as crianças, e com isso eles estão ociosos. E essa ociosidade traz essa oportunidade de cometer crimes, oportunidades de serem atraídos para o mundo do crime.”

Medidas urgentes e eficazes

Ao AN, Dearley explicou o que significa as ações eficazes e urgentes. “Trazer mais policiais para a cidade, fazer blitz e fechar as barreiras de acesso à cidade. Convidar essas autoridades a trazer o que esse governo está fazendo para que a comunidade saiba o que está sendo feito em prol de segurança.” Ao final da entrevista, o presidente do Conseg alfinetou. “Porque hoje o sentimento é de que não está sendo feito nada em prol da comunidade. E com isso, os cidadãos estão se sentindo desprotegido. Então, precisamos de medidas que sejam efetivas. Precisamos saber da Polícia Civil o que está sendo feito para melhorar as investigações e coibir essas violências,” finalizou. 

Sem resposta da SSP-TO

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) ainda na quarta-feira (10), para pedir explicações sobre a dificuldade que o araguainense tem tido para registrar boletins de ocorrência nas delegacias. No entanto, até a manhã de hoje não recebemos retorno.

Versão da PM

Assessoria de comunicação  do 2º BPM enviou nota ao AN  e comentou as declarações de Dearley:

"A polícia militar, através do 2°BPM, afirma ser uma instituição séria e não vale-se de "maquiagem de dados" para iludir a sociedade a quem muito deve seu respeito. Trabalha ininterruptamente para garantir a segurança de todos, indistintamente. Os dados apresentados e comparados são os registrados junto a Polícia Militar através do 190. Se houverem outros números registrados e/ou levantados por outras instituições públicas ou civis, seria oportuno a apresentação desses , ate entao desconhecidos pela central de atendimento."

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