Fernando Almeida e Arnaldo Filho

Um empresário do ramo de copiadoras foi preso na tarde desta quinta-feira (25), em Araguaína (TO), acusado de falsidade ideológica. A prisão de Cleirismar Vieira Cabral, de 40 anos, foi feita pela equipe da Delegacia de Polícia Fazendária. O empresário já tinha sido preso no dia 21 de maio por crime de violação de direitos autorais e foi liberado após pagar fiança de 3 mil reais.

Naquela data, o empresário havia se identificado como Cleudimar Veiga Cabral. Desconfiados da veracidade das informações prestadas, a polícia passou a investigá-lo e descobriu que “Cabral” usava documentos com nomes diferentes, inclusive nos registros das empresas.

Durante abordagem nesta quinta, Cleirismar apresentou o documento do veículo em seu nome, mas a CNH no nome falso, de Cleudimar, embora usasse a mesma foto e sobrenomes parecidos. Ele também possui duas carteiras de identidades, uma do Tocantins e outra de Goiás. O empresário é proprietário da Aquarela e Copytec Copiadoras. A polícia descobriu ainda que ele usava o CNPJ de outra empresa, já fechada [Copytonner], na nova empresa.

Para desvendar o emaranhado de informações contraditórias, a polícia solicitou um laudo papiloscópico para confrontar as impressões digitais, foi quando a fraude foi descoberta.

Ação judicial de meio milhão

Segundo a delegada Tânia Cunha, responsável pelas investigações, o empresário também usou o documento falso para ingressar com uma ação de ressarcimento de danos elétricos contra a Celtins/Energisa, no valor de 500 mil reais.  

De acordo a delegada, Cabral ganhou a ação e estava prestes a receber a indenização. Já a Celtins foi condenada à revelia, quando a parte não comparece à audiência e nem apresenta defesa. “Foi o único processo em que a concessionária de energia foi condenada à revelia”, disse a delegada. A Polícia Civil também investigará possíveis crimes de estelionato.

Outros crimes serão investigados

A Polícia Civil ainda vai apurar se o empresário praticou crimes contra a ordem tributária. Informações já foram solicitadas à Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). “Não sabemos até que ponto houve crime contra a ordem tributária. Nesse momento nós vamos autuar ele por falsidade ideológica e fazer um levantamento de todas as outras ações para analisarmos a tipificação dos crimes”, pontou Tânia Cunha, delegada do caso.