Ramila Macedo e Fernando Almeida

A Polícia Civil apreendeu nesta sexta-feira (8) o celular utilizado por Lucas Chagas, autor do post no Facebook com foto de dentro do presídio Barra da Grota. A Polícia também apura denúncia de que ele, juntamente com um colega, fez ameaças à direção do presídio.

Ameaças durante a apreensão

O diretor interino do presídio, Jean Carlos Gomes, explicou que depois que tomou conhecimento da denúncia, iniciou investigação juntamente com os agentes da polícia civil lotados no presídio. Segundo Gomes, foram feitas intervenções em quatro celas do Pavilhão Câ?? 208, 209, 210 e 211â?? onde conseguiram apreender os quatro celulares, quatro trouxas de maconha, além de fios que eram adaptados para carregar os aparelhos.

Durantes essa intervenção fomos ameaçados. Diretor e outros quatro agentes. Nós fomos ameaçados pelos detentos, dentre eles o Anderson Araújo da Silva e o Lucas Chagas” afirmou o diretor.

À esquerda Lucas Chagas e à direita, Anderson Araújo. Reeducandos prestaram depoimento na DEIC, após apreensão de celular. Foto: Araguaína Notícias

O presidiário Lucas Chagas, autor do post, e Anderson Araújo Silva foram levados até a DEICâ??Araguaína, onde foram ouvidos pelo delegado José Anchieta na tarde de ontem. Entre os quatro celulares apreendidos pela PC,  está o utilizado por Lucas para fazer fotos de dentro das celas e depois postar nas redes sociais. No aparelho havia várias imagens dele, algumas fumando cigarro, e também de colegas de prisão.

Entrada dos celulares

De acordo com o diretor do presídio é difícil conter a entrada de aparelhos no presídio. “A maioria dos celulares entram no presídio através das partes íntimas das esposas”. Gomes afirmou que agora será instalado procedimento administrativo disciplinar para apurar a falta que cada reeducando cometeu. 

Investigação da PC

Segundo o delegado José Anchieta, a polícia vai investigar e a princípio “há indício de crime de tráfico de drogas, além da ameaça contra os servidores públicos”. Anchieta disse ainda que será apurada a forma como os aparelhos entram na unidade. “Se foi através de partes íntimas dos presos ou facilitação. Ou o que quer que seja vai ser apurado. Todas as providências cabíveis serão tomadas”. O presídio Barra da Grota é terceirizado e administrado pela empresa Umanizzare. 

 

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Celulares apreendidos durante intervenção em quatro celas do Pavilhão C. Fotos: Araguaína Notícias